A ativista Francisca de Magalhães Barros, colunista do Nascer do Sol, criou a petição para que a violação seja considerada um crime público há pouco mais de uma semana e meia, e a causa, apoiada por muitas figuras públicas, como Catarina Furtado, Nuno Markl, Mariza Liz e Carolina Deslandes, já reuniu mais de 47.900 assinaturas.
“Enquanto ativista, eu e os meus restantes peticionários, não podíamos ficar quietos”, começa por dizer Francisca de Magalhães Barros.
“É altura de acabar com a cultura do silêncio, em que os violadores saem impunes deste crime, dar força e apoio a estas sobreviventes. Dar poder à sua voz. E não deixar passar impune este crime, que tal como o crime de violência doméstica há 20 anos não era público”, sublinha ao Nascer do Sol.
“O meu objetivo foi as 50 mil assinaturas mas agora vejo que a dor transversal dos crimes é muito maior que qualquer assinatura, que seja o que sociedade civil entender como correto”, acrescenta.
Para a ativista, os argumentos da “dupla vitimização” não são aceitáveis, é antes imperativo “tentar criar uma rede segurança para as vítimas poderem ter voz neste país, onde a cultura da violação impera, ‘onde se falas, não acreditamos, e se alguém vê, não pode ser testemunha’”.
Além de Francisca Magalhães Barros, Manuela Eanes, António Garcia Pereira, Dulce Rocha, Rui Pereira e Isabel Aguiar Branco são também os primeiros subscritores da petição, que apela ao presidente da Assembleia da República e aos líderes parlamentares “para a urgência de legislarem no sentido da conversão do crime de violação em crime público” para que o procedimento criminal deixe de depender de apresentação de queixa por parte da vítima.
Catarina Furtado apoiou publicamente a petição, publicando nas stories do seu Instagram uma imagem relativa à petição, deixando o link direto para que seus seguidores acedessem.
Já Nuno Markl publicou um vídeo a sublinhar a importância da iniciativa e a apelar a assinatura da petição.
Carolina Deslandes também partilhou no Instagram um vídeo, onde onde explica as razões que a levam a apoiar a petição criada pela colunista do Nascer do Sol.