Milhares de pessoas manifestaram-se este domingo nas ruas da Bielorrússia contra o presidente do país, Alexander Lukashenko, apesar da ameaça policial de responder com disparos, o que resultou em mais de 100 pessoas detidas em Minsk, revelou a polícia.
"Até agora, mais de 100 pessoas foram detidas em Minsk", disse a porta-voz do Ministério do Interior da Bielorrússia, Olga Tchemodanova, em declarações à agência de notícias francesa AFP.
Esta ação de protesto é a primeira em grande escala desde o ultimato dado ao presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, pela principal figura da oposição Svetlana Tikhanovskaïa, refugiada na Lituânia.
Na terça-feira, a opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya deu um prazo até 25 de outubro a Alexander Lukashenko para renunciar ao mandato presidencial, caso contrário a oposição irá convocar uma manifestação de proporções inéditas e uma greve geral.
Ao contrário dos protestos anteriores, os manifestantes escolheram o domingo não para marchar no centro de Minsk, mas numa artéria no sul da capital, onde estão localizadas muitas fábricas.