António Rolo Duarte anda a “tentar reunir uns trocos” para o seu doutoramento

António Rolo Duarte anda a “tentar reunir uns trocos” para o seu doutoramento


Perante o atraso na divulgação dos resultados do concurso para atribuição de bolsas de investigação da FCT, o jovem estudante e comentador político lançou uma campanha para que os portugueses o ajudem a financiar o seu doutoramento. Ministério ainda não reagiu. 


por Cláudia Sobral e Pedro Almeida

“Olá. Eu sou o António Rolo Duarte. Preciso de algum dinheiro e lembrei-me de pedir ajuda à malta. Alguém me paga um café?” Não é de um café que António Rolo Duarte está à espera, é de 25 mil – ou do seu equivalente em euros. Diz ter razões para isso: não são 25 mil euros para tomar cafés, mas para financiar o seu doutoramento na Universidade de Cambridge. “O meu doutoramento é sobre Portugal no pós-25 de Abril: as narrativas de identidade nacional desenvolvidas em resposta à revolução”, explica, para acrescentar: “Não é só um doutoramento. É uma história que é urgente contar. Uma aventura que é a nossa. A epopeia do pós-25 de Abril. Nos campos e nas cidades, nas Ilhas e no Continente, lá fora e em casa”.

Não é um nome desconhecido dos portugueses o seu ou, pelo menos, não totalmente. Licenciado em Ciência Política na Universidade de Manchester e autor de uma tese de mestrado sobre a relação entre o Império Português e a identidade nacional pela Universidade de Cambridge, António Rolo Duarte estreou-se no comentário político aos 21 anos, na RDP Internacional, e em televisão no programa de comentário político Novos Fora Nada, transmitido em 2018, ao lado de Sebastião Bugalho.

Ao i, explica o que o levou a lançar-se numa espécie de campanha de crowdfunding para poder dar início neste ano letivo ao seu doutoramento, cuja tese se intitula “A identidade nacional portuguesa após o 25 de Abril: discursos sobre a urbanidade e ruralidade, 1976-1998”, depois de ter sido confrontado com um problema que qualquer investigador que tenha atravessado este processo descreverá como um problema antigo – e recorrente.

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