As obras nos passadiços de acesso à praia Atlântica, em Troia, falharam os prazos de conclusão, arrastando-se em plena época balnear, e provocando a insatisfação de turistas e concessionários. O cenário, na última semana, era ainda de desordem e sujidade, longe das propostas de glamour que a urbanização Soltróia promove desde a década de 1990.
Quem chega ao local depara-se com um autêntico estaleiro de construção civil, com meia dúzia de trabalhadores atarefados a tentarem, sob o sol tórrido, suprir em contrarelógio a falta de tábuas e corrimões no caminho que leva até ao areal. Para chegar à praia, centenas de turistas veem-se diariamente obrigados a seguir um desvio pelas dunas, ali ao lado, saltitando em esforço ascendente numa areia escaldante. A situação causa desconforto, situações irrisórias e muitas críticas.
Paulo Morais, 52 anos, está ao balcão do café da praia, de cerveja nas mãos e olhos fixos nos trabalhadores. “Isto está uma confusão. Não é a primeira vez que cá venho, mas nunca tinha vista a praia neste estado”, afirma. Vive em Almada, e parece apreciar com satisfação e um sorriso trocista as famílias que enfrentam aos tropeções as dunas, carregando crianças, chapéus de sol, geleiras e brinquedos de praia, tudo ao mesmo tempo. “Não é fácil passar por ali. E ainda por cima, com este calor, a areia já queima bem”, diz, revelando experiência própria, e parecendo querer arrefecer os pés alheios com uma tragada prolongada.
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