Lagos avança com “testagem massiva” após festa ilegal

Lagos avança com “testagem massiva” após festa ilegal


Recorde-se que esta quarta-feira, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, disse que o número de casos de infeção por covid-19 relacionados com a “festa ilegal” que ocorreu em Odiáxere é de pelo menos 37


A Câmara Municipal de Lagos anunciou, esta quarta-feira, que avançou com uma “testagem massiva” para conter o foco de contágio de covid-19, que teve origem numa festa ilegal, em Odiáxere.

Em comunicado, a autarquia explica que, em articulação com as autoridades de saúde e alguns estabelecimentos privados afetados, avançou com "várias diligências" para combater o surto, nomeadamente a ação de testagem massiva, que arrancou esta quarta-feira.

"Depois dos testes já realizados durante o fim de semana, na segunda e na terça-feira, hoje mesmo, junto ao Pavilhão Desportivo Municipal, no horário das 10h00 às 17h00, estará em Lagos uma equipa disponibilizada pela autoridade de saúde na região, para promover uma ação intensiva de colheitas para a realização de testes de despiste à covid-19 a todas as pessoas ainda não testadas que estiveram presentes no evento (…) assim como a familiares e outros contactos próximos, designadamente, colegas de trabalho destas pessoas que participaram na festa", lê-se na nota.

A Câmara Municipal revela que está também a decorrer outra "ação intensiva de colheitas" no edifício da autarquia aos funcionários que lá trabalham, depois de terem sido descobertos "possíveis indícios de contactos com infetados", e está a "identificar as pessoas que participaram nesse evento e outras que tiveram contactos próximos com os participantes". 

A autarquia realça ainda “o sentido de responsabilidade e a rápida atuação das empresas privadas do concelho (restaurantes e superfícies comerciais), que, perante a suspeita ou a confirmação de trabalhadores infetados com o novo coronavírus, sem olhar a gastos, decidiram testar todos os seus colaboradores e proceder à desinfeção das suas instalações, de modo a eliminar possíveis cadeias de transmissão”.

Recorde-se que esta quarta-feira, Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, disse que o número de casos de infeção por covid-19 relacionados com a “festa ilegal” que ocorreu em Odiáxere é de pelo menos 37. No entanto, admite que possam existir mais casos.

“O que confirmo é que nesta festa as pessoas eram de vários sítios, portanto, a festa localizou-se num determinado concelho, mas as pessoas residiam em vários sítios. Elas estão disseminadas por várias regiões e vários concelhos do Algarve”, disse.

À medida que os dados forem sendo atualizados, a Câmara Municipal garante que “partilhará essa informação através do quadro da situação epidemiológica do concelho de Lagos que tem vindo a ser publicado regularmente na página de Facebook do município”.