PSP apresenta queixa contra manifestantes que exibiram cartaz ‘polícia bom é polícia morto’

PSP apresenta queixa contra manifestantes que exibiram cartaz ‘polícia bom é polícia morto’


PSP identificou um dos suspeitos esta segunda-feira. Sindicato da PSP e da GNR querem que sejam apuradas responsabilidades.


A PSP identificou esta segunda-feira um dos manifestantes que no sábado exibiu um cartaz durante uma manifestação anti-racista, que decorreu em cinco cidades do país. “Polícia bom é polícia morto”, lia-se no cartaz exibido na cidade do Porto.

Em comunicado, a PSP explicou que durante a manifestação identificou nem deteve ninguém por considerar que “essa intervenção poderia ser incorretamente interpretada e, consequentemente, potenciadora da ocorrência de indesejáveis desordens num evento que se pretendia pacífico”. Identificado um dos suspeitos, é “expectável que outras identificações sejam entretanto apuradas”, acrescentou a PSP.

A informação foi transmitida ao Ministério Público da Comarca do Porto e a PSP “exercerá o direito de queixa relativamente aos ilícitos criminais ”. 

Antes das palavras da PSP, já a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) tinha anunciado a apresentação de uma queixa no Ministério Público. Em comunicado, a ASPP/PSP explicou que este tipo de mensagens “promovem ou incentivam ao ódio”. A frase em especifico, “desenquadrada do motivo da manifestação, reflete bem a intenção de quem a exibia”, referiu o sindicato, realçando que “não são este tipo de mensagens que contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, mais livre e mais igual”.

A queixa apresentada será por crime de incitação ao ódio, avançou a estrutura sindical, apesar de ainda não estarem identificados os responsáveis. 

Também ontem, a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) pediu que fossem apuradas responsabilidades e repudiou o comportamento de alguns manifestantes que “de forma absolutamente deplorável tentaram instrumentalizar uma ação de protesto com motivos válidos para incitar ao ódio contra as forças de segurança”.