Morreste-me sem avisar, mas eras mesmo assim, não tinhas jeito para avisos, tanto quando aparecias ou desaparecias, ias e vinhas ao sabor de uma corrente só tua, fartei-me de esperar por ti às horas mais absurdas, acho que ainda espero por ti às horas mais absurdas, disseram-me que agora não vais voltar mas não acredito, chegarás tarde, como sempre, mas trarás contigo a alegria infalível de uma canção de Jobim.
Vais gostar desta varanda. É como tu, carregada de metafísica. Podes sentar-te aí, ao sol, tocando musiquinhas de engate para as raparigas da Caparica de quando éramos uns garotos, Stuck on You, Leaving in a Jetplane, I Love You Just the Way You Are e por aí fora, poupando nas posições dos dedos no braço da viola, reduzindo as notas ao mínimo denominador comum, mas com aquele vozeirão que fazia o Rui Laires chamar-te David Coverdale da Baixa da Banheira.
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