Há quem diga que os americanos não conseguiriam sobreviver sem basquetebol. Exagero homérico, diria eu, que sempre que deixo os olhos passearem por um jogo qualquer da NBA só os vejo preocupados com copos gigantes de pipocas e a caminharem de um lado para o outro, com hambúrgueres na mão, em busca da estrela de Hollywood que não falhou o momento. Mas, enfim, há que conceder que é um desporto muito especial nos Estados Unidos, algo que os faz, geralmente, desprezar todo o basquetebol que não seja praticado por um norte-americano.
Se têm essa inequívoca paixão, devem-na a um fulano que tinha tudo para passar pela vida sem deixar uma pegada que fosse. Nasceu no Canadá, em Ontário, no dia 6 de novembro de 1861, filho de imigrantes escoceses, chamou-se James Naismith, aluno do meio da tabela, apaixonado por tudo o que era atividade ao ar livre. Ficou órfão cedo, foi viver com uma tia, graduou-se em Educação Física no Presbyterian College de Montreal, praticava tudo quanto era desporto coletivo, do futebol ao lacrosse e ao râguebi, e ofereceram-lhe um cargo de professor na YMCA (Young Men’s Christian Association) de Springfield, Massachusetts. Até então, uma biografia mais breve que a da República de Andorra, diria o divino Eça, com o seu humor assassino.
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