Noruega. Um dos homens mais ricos do país acusado de matar mulher

Noruega. Um dos homens mais ricos do país acusado de matar mulher


Polícia acredita que homem desencaminhou a investigação das autoridades sobre o desaparecimento da mulher com um plano bem delineado.


A polícia norueguesa prendeu Tom Hagen, um dos homens mais ricos do país esta terça-feira, e acusou-o de homicídio da sua própria mulher. É a última reviravolta de um caso que tem causado sensação na Noruega, depois de os relatos do sequestro terem emergido há mais de um ano, de acordo com o New York Times.

 As autoridades locais dizem agora acreditar que o rapto da esposa de Tom Hagen foi simulado, de acordo com o diário de Nova Iorque. Anne-Elisabeth Haagen, a sua companheira, desapareceu da sua casa num pacato subúrbio de Oslo, capital da Noruega, há 18 meses. 

“Acreditamos neste momento que não existiu rapto e que nunca existiu qualquer negociação genuína”, disseram as autoridades em comunicado. “Por outras palavras, acreditamos que houve uma clara e bem planeada tentativa de desencaminhar a polícia”.

Quando começaram a surgir as notícias do seu desaparecimento, em janeiro de 2019, as autoridades afirmaram que Anne-Elisabeth Haagen havia sido raptada e que os sequestradores tinham exigido uma quantia avultada para o seu resgate, a ser pago em criptomoeda.

Hagen é o fundador e dono da Elkraft, uma empresa de eletricidade, e detém um vasto património, incluindo uma boa parte das ações de um popular resort para a prática de ski.

O seu advogado, Svein Holden, disse ao jornal norueguês VG que o seu cliente negava todas as acusações. “É difícil para ele ser acusado de algo com que nada teve que ver”, disse o advogado, depois de ter visitado Hagen, enquanto as autoridades revistavam a sua casa, carro e escritório à procura de provas.

Já a polícia disse esperar encontrar o corpo da sua esposa e investigar se houve outras pessoas envolvidas no seu desaparecimento. Tom Hagen, um dos homens mais ricos da Noruega foi a audiência esta quarta-feira para ser decidido se a polícia tem autorização para o deter durante um período até quatro semanas.