Debate Quinzenal. Bloco vai chamar governador do Banco de Portugal sobre caso Isabel dos Santos

Debate Quinzenal. Bloco vai chamar governador do Banco de Portugal sobre caso Isabel dos Santos


Primeiro debate quinzenal de 2020 marcado pelo caso de racismo contra o jogador de futebol Marega, pelas parcerias público-privadas na Saúde e Bloco anunciou que vai chamar governador do Banco de Portugal por causa da venda do Eurobic.


Toda a esquerda e o PAN levaram a debate esta terça-feira o repúdio ao caso de racismo de que foi alvo o jogador de futebol Marega no passado domingo. A direita, para já não se pronunciou sobre este caso no primeiro debate quinzenal de 2020. 

Na discussão, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, fez considerações sobre o negócio de venda das participações da empresária angolana do banco Eurobic. "Pode transformar-se num caso de branqueamento de capitais mesmo nas barbas do Banco de Portugal", alertou Catarina Martins, questionando o primeiro-ministro sobre a transposição da diretiva sobre branqueamento de capitais.

Na resposta, António Costa lembrou que não dispõe de mecanismos legais sobre o Banco de Portugal, que respeita a sua independência, mas aconselhou a 'Casa da Democracia" a pedir esclarecimentos ao governador do Banco de Portugal. "Vamos chamar", anunciou Catarina Martins. 

Quanto à transposição da diretiva sobre o branqueamento de capitais, o primeiro-ministro advogou que deverá ir a Conselho de Ministros dentro de uma ou duas semanas.

 Sobre as Parcerias Público-Privadas, Tanto o Bloco de Esquerda como o PCP questionaram o primeiro-ministro sobre a Parceria Público-Privada no Hospital de Cascais. Catarina Martins questinou se o Estado não consegue fazer a gestão pública do hospital em Cascais e Jerónimo de Sousa, do PCP, perguntou qual era a pressa em adjudicar nova PPP. Costa respondeu que o processo já vinha de 2017 e que as PPP de Cascais e de Loures não constituem novas PPP. Na prática cumpre o que foi acordado com a esquerda na nova lei de Bases da Saúde.

Jerónimo de Sousa ainda lembrou ao primeiro-ministro de que é preciso aumentos salariais, designadamente, na Administração Pública. E avisou o Governo de que "os problemas vão aumentar" se não existir uma negociação aprofundada com os sindicatos.