Numa altura em que o modo de transmissão e a taxa de propagação do novo vírus são ainda incertos mas os peritos receiam o aumento exponencial dos casos nas próximas semanas, a corrida a uma vacina que possa diminuir o risco de contágio do novo coronavírus está ao rubro. Na semana passada, a Coligação para a Inovação na Preparação para Epidemias, sediada na Noruega, anunciou uma linha de financiamento de 12,5 milhões de dólares para dois programas que já tinham em marcha estudos de vacinas candidatas, com o objetivo de acelerar os ensaios clínicos.
Os projetos contemplados foram uma parceria entre a farmacêutica Inovio e a Universidade de Queensland, na Austrália, e uma parceria entre a farmacêutica Moderna e o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas e Alergias dos EUA. Além destas organizações, também a farmacêutica Novavax, que desenvolveu vacinas para os vírus SARS e MERS, da mesma família, mobilizou uma equipa para o novo coronavírus. As ações das três empresas dispararam nos últimos dias, embora não estejam garantidos para já ensaios de qualquer produto.
Também a Johnson & Johnson admitiu que tem dezenas de cientistas a trabalhar no assunto e está confiante de que conseguirá produzir uma vacina eficaz, mas reconhece que ela poderá demorar um ano a chegar ao mercado. Paul Stoffels, responsável científico da empresa – para já, o nome mais sonante do mercado farmacêutico a confirmar que está na corrida -, revelou que começaram a trabalhar no dossiê há duas semanas.
Na China, a farmacêutica Stermirna Therapeutics anunciou que espera produzir uma vacina em 40 dias, começando de seguida ensaios. O projeto, que conta com a parceria da Universidade Tongji, em Xangai, recebeu luz verde esta terça-feira.
{relacionados}