Carlos Ghosn. Fuga desafia justiça, diz Nissan

Carlos Ghosn. Fuga desafia justiça, diz Nissan


Gestor terá ocultado remunerações no valor de 44 milhões de euros, ao longo dos últimos cinco anos.


A Nissan considerou que a fuga do ex-presidente da empresa Carlos Ghosn para o Líbano “um ato que desafia o sistema judicial” do país. A construtora japonesa considera essa situação “extremamente lamentável”.

O empresário tinha de se apresentar, nos próximos meses, perante os tribunais de Tóquio para responder às irregularidades financeiras de que é acusado durante a gestão da Nissan Motor.

Ghosn é suspeito de diversos crimes, incluindo fraude fiscal. A agência de notícias nipónica Kyodo diz que o gestor terá ocultado remunerações no valor de 44 milhões de euros, ao longo dos últimos cinco anos. Além destas suspeitas, o gestor também está a ser investigado por alegadamente ter usado recursos das empresas em benefício próprio. O fabricante automóvel admitiu que, com base em denúncias, levou a cabo uma «investigação interna nos últimos meses sobre conduta imprópria, envolvendo o presidente Carlos Ghosn» e Greg Kelly, outro alto dirigente. Em causa estará o uso de dinheiro e recursos da empresa para fins pessoais.