Teresa Leal Coelho deixa de representar o PSD na Câmara de Lisboa

Teresa Leal Coelho deixa de representar o PSD na Câmara de Lisboa


O PSD anunciou esta quarta-feira a retirada de confiança política à vereadora Teresa Leal Coelho. A decisão surge na sequência do voto de Teresa Leal Coelho a favor da nomeação de Manuel Salgado para presidente da SRU. 


A vereadora Teresa Leal Coelho deixa de ser representar o PSD na Câmara Municipal de Lisboa (CML). A decisão de retirar a confiança política à vereadora foi comunicada esta quarta-feira pela concelhia de Lisboa dos sociais-democratas e João Pedro Costa deverá substituir Teresa Leal Coelho. 

A concelhia de Lisboa do PSD, em comunicado, começa por explicar que a posição tomada surgiu na sequência do voto favorável de Teresa Leal Coelho para a eleição de Manuel Salgado para presidente do Conselho de Administração da Lisboa Ocidental SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana. 

A votação, que decorreu na passada quinta-feira, terminou com nove votos a favor e oito contra, sendo o voto da vereadora social-democrata decisivo para a eleição de Manuel Salgado. "Esta nomeação mereceu o apoio público, e reiterado, da vereadora Teresa Leal Coelho", refere a concelhia de Lisboa do PSD em comunicado, acrescentando que "atendendo às diversas posições políticas contrárias a esta nomeação, expressas por todos os partidos políticos com representação na CML – que não o Partido Socialista – constata-se que sem o apoio e sem o voto da vereadora Teresa Leal Coelho, a nomeação de Manuel Salgado não teria sido aprovada". 

O PSD refere ainda que deu indicações aos respetivos vereadores "orientações para estes votarem contra esta nomeação". "Orientação que a vereadora Teresa Leal Coelho ostensivamente desrespeitou e publicamente contradisse", acrescenta o partido. 

Para os sociais-democratas, a recandidatura à SRU do ex-vereador do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa não passa de "um mero expediente ardiloso, cuja consumação é repreensível do ponto de vista democrático, uma vez que o passa a eximir da possibilidade do escrutínio e do confronto democrático em sede própria, isto é, na Câmara Municipal de Lisboa". No fundo, a recondução de Manuel Salgado consagra-o, novamente, "como tutor de facto do urbanismo da cidade de Lisboa, cuja política definiu nos últimos doze anos" – cargo que "nunca uma só pessoa deteve, antes ou depois da implantação da democracia".