Públicas e privadas. As escolas com projetos pedagógicos inovadores

Públicas e privadas. As escolas com projetos pedagógicos inovadores


Cada vez mais os encarregados de educação procuram escolas com métodos pedagógicos diferenciados, que potenciem a aprendizagem dos mais novos e também o crescimento pessoal. E em Portugal são já muitos os casos de escolas públicas e privadas que apostam em projetos pedagógicos alternativos e inovadores, que, segundo afirmam os responsáveis, permitem um ensino mais…


Escola da Ponte, Santo Tirso, Porto

É uma escola pública onde não há turmas, anos de escolaridade ou testes e notas só existem no 3.º período. As aulas não são expositivas e são os alunos que escolhem as matérias lecionadas e quando querem ser avaliados. Funciona em três níveis de projeto: iniciação, consolidação e aprofundamento. Os alunos vão passando de nível, mas não todos ao mesmo tempo. Na mesma sala, estão alunos de várias idades e disciplinas. Os alunos escrevem as dúvidas em folhas fixadas nas paredes para que colegas os ajudem. Por se tratar de um caso conhecido a escola recebe milhares de visitantes e são os estudantes quem fazem as visitas.

 

Escola Secundária D. Manuel Martins, Setúbal

Aqui mora a primeira “sala de aula do futuro” inaugurada em Portugal. A escola adotou em 2014 um ensino mais tecnológico. A sala está dividida em cinco zonas. São elas: Apresentar (laranja), Investigar (roxo), Criar (verde), Colaborar (azul) e Desenvolver (vermelho). Os alunos trabalham divididos em grupos, por projeto, mas sempre acompanhados por professores de diferentes disciplinas. Computadores, tablets, um quadro e uma mesa interativa, uma bancada de laboratório com microscópios, tubos de ensaio, calculadoras científicas que se ligam a projetores, são alguns dos materiais utilizados para fomentar uma educação mais tecnológica.

 

Colégio Luso Internacional do Porto

É um colégio privado que conta com 900 alunos de várias nacionalidades, entre os três e os 18 anos. Todos falam inglês. Segue o programa curricular britânico e é atualmente acreditado pelo Council of International Schools (CIS). As crianças não sabem o que é um teste. É-lhes pedido que trabalhem em grupo, se entreajudem, e colaborem com recurso às tecnologias para estimular a criatividade. No ensino primário, por exemplo, os alunos fazem vídeos explicativos, em inglês, de contos lecionados nas aulas. O empreendedorismo e o domínio da língua inglesa são duas das marcas distintivas.

 

Agrupamento de escolas de Torres Vedras

A partir do ano letivo 2019/20, as escolas do primeiro ciclo de Torres Vedras ensinarão aos seus alunos Português, Matemática e… a andar de bicicleta. O objetivo passa por promover nas crianças a utilização de transportes amigos do ambiente, especialmente no que toca às deslocações entre casa e escola. Esta ideia foi integrada no Programa de Apoio à Educação Física Curricular e é composta por seis aulas de 45 minutos ao longo de três semanas, durante o projeto-piloto.

 

Externato Paulo VI, Braga

É um colégio privado e católico cujo grupo alvo são alunos dos três aos 14 anos. Implementa uma série de novas metodologias de ensino baseadas na teoria das inteligências múltiplas de Howard Gardner, que diz que cada criança tem 8 inteligências – espacial, naturalista, musical, lógico-matemática, existencial, interpessoal, corporal-cinestésica, linguística e intrapessoal – cuja vida humana requer o seu desenvolvimento. O externato juntou ainda a inteligência espiritualista. O projeto educativo conta com filosofia para crianças e jovens e introdução à programação de computadores e à robótica.

 

Escola Casa da Floresta, Lisboa

Trata-se de uma escola privada (1.º e 2.º ciclos), com jardim-de-infância. Tecnologia e plástico são totalmente colocados de lado: a ecologia e a aprendizagem funcionam em simbiose. Português e Matemática são sempre lecionados com uma componente artística. Fomenta-se que os alunos convivam com a horta de 600 metros quadrados anexa à Escola Casa da Floresta. O plano curricular conta com Costura, Capoeira, Carpintaria e Horta, não havendo manuais escolares. A aposta numa alimentação ovolactovegetariana biológica e biodinâmica e a utilização de materiais orgânicos e recicláveis são outras das suas características.

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