Lisboa. Os outros projetos imobiliários polémicos

Lisboa. Os outros projetos imobiliários polémicos


São criticados por estarem deslocados, pela estética, pela altura ou simplesmente pela dualidade de critérios da Câmara Municipal de Lisboa. Além de edifícios, há zonas da cidade que vão renascer debaixo de um manto de suspeições. O i reuniu quatro projetos que têm gerado polémica na capital ao longo dos últimos meses.


Torres de Picoas

A torre de Picoas, localizada na Avenida Fontes Pereira de Melo, é considerada uma obra fraturante no urbanismo da capital. O fim das obras do edifício de 17 andares – que à primeira vista parece concluído – está previsto para este ano. Projetado pelos arquitetos Patrícia Barbas e Diogo Seixas Lopes, a torre destina-se a ser ocupada por escritórios. Notícias mais recentes dão conta de uma das maiores transações do ano: a Torre vai passar para as mãos do fundo alemão Deka por 120 milhões de euros. Quem está a preparar a sua ida é a KPMG e a sociedade de advogados PLMJ, já que serão os novos inquilinos. 

Operação integrada de Entrecampos

Nos terrenos onde um dia esteve a Feira Popular, vai nascer um centro empresarial que deverá albergar 15 mil pessoas, 279 fogos para habitação, comércio e espaços ajardinados. No final do ano passado, a autarquia avançou – depois de a hasta pública ter sido várias vezes adiada por suspeitas de ilegalidades por parte do MP – para a venda dos terrenos. Comprado pela Fidelidade por cerca de 274 milhões de euros, os terrenos foram vendidos 86 milhões acima do preço-base. Durante o ano de 2019, a Câmara Municipal de Lisboa deverá emitir os licenciamentos para o início das obras, cuja data ainda é incerta. 

Hospital CUD Tejo

O edifício localizado numa das zonas mais procuradas da cidade não passa despercebido pelo impacto visual. À partida, os 75 mil metros quadrados do Hospital CUF Tejo – distribuídos por nove pisos, incluindo os subterrâneos – ficarão concluídos este ano. As boas notícias vão para a saúde e para o setor privado, mas as más também chegam enquanto as obras não são concluídas: as perturbações ao tráfego nas vias circundantes não agradam à maioria das pessoas que cruza diariamente a Avenida 24 de Julho, a Avenida da Índia ou Avenida Brasília.

Praça de Espanha

Uma das principais praças da cidade não escapa às polémicas e, neste ano de 2019 está prevista a construção de um jardim de grandes dimensões, novos edifícios e um sistema viário com uma nova configuração que inclui a supressão de vias. O concurso público já foi lançado há alguns meses e as previsões do início das obras apontavam para os primeiros meses do ano. A praça com o nome do país vizinho ainda não sofreu quaisquer obras e, para já, há apenas um projeto completo para uma ponte pedonal de aço e bronze que vai ligar a Praça de Espanha à Gulbenkian.