Gianluigi Buffon chegou à Juventus com 23 anos e apesar de hoje ser conhecido como uma das principais figuras do emblema italiano nem tudo foi um mar de rosas.
Em entrevista à Vanity Fair de Itália, o guardião, que trocou em julho de 2018 a Juventus pelo PSG, lembrou os momentos depressivos e os ataques de pânico que teve no início da sua caminhada na vecchia signora.
"Durante alguns meses, tudo perdeu o sentido. Parecia que os outros não se importavam comigo, apenas com o futebolista que representava, todos perguntavam pelo Buffon mas ninguém pelo Gigi. Foi um momento muito complicado. Tinha 25 anos e estava na onda do sucesso e da fama", declarou.
"Um dia, alguns minutos antes de um jogo do campeonato italiano, abordei o treinador de guarda-redes e disse para preparar o Chimenti para jogar, porque eu não me sentia bem. Tive um ataque de pânico, não estava em condições de jogar", continuou o guardião de 40 anos, que sublinhou a importância que teve em partilhar o que sentia com outra pessoa.
"Se não tivesse partilhado a experiência, a confusão e o nevoeiro com outras pessoas, talvez não tivesse conseguido escapar. Tive a lucidez de entender o que aquele momento significava um ponto de viragem entre render-me ou lidar com a fraqueza que tinha. Nunca tive medo de a mostrar ou de chorar. Foi algo que me aconteceu e não sinto qualquer vergonha", revelou.
Buffon chegou à Juventus em 2001 e despediu-se do clube de Turim ao fim de 17 anos. Nos bianconero conquistou, de resto, 18 títulos: sagrou-se por 9 vezes campeão italiano, venceu por quatro vezes a Taça de Itália e conquistou por cinco vezes a Supertaça.