Santa Casa quer saber quem são os idosos de Lisboa

Santa Casa quer saber quem são os idosos de Lisboa


Novo projeto é lançado amanhã em parceria com a autarquia e outras entidades e conta com a comunidade para combater o isolamento


A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa quer combater o isolamento das pessoas com mais de 65 anos. Amanhã, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa (CML), a instituição vai lançar o novo Projeto Radar. O objetivo é “sinalizar a população da cidade com mais de 65 anos, atendendo às suas expectativas, privações e potencialidades de modo a serem detetadas, precocemente, situações de risco”, explica a instituição em comunicado.

Para isso, a Santa Casa quer constituir radares na comunidade, cujos protagonistas serão vizinhos, responsáveis pelo comércio local, voluntários e entidades de cariz social, a quem caberá “falar, escutar e cuidar”: basta estar atento à dinâmica diária das pessoas com mais de 65 anos e sinalizar se se detetar uma mudança significativa, por exemplo, no seu comportamento. 

O projeto quer não só identificar as pessoas com mais de 65 anos que vivem sozinhas, mas também aquelas que vivem acompanhadas por alguém da mesma faixa etária. Identificadas essas pessoas, a finalidade da iniciativa é prestar-lhes o acompanhamento necessário, consoante as suas necessidades.

 De acordo com a Santa Casa, “nas últimas décadas” a população com mais de 65 anos tem vindo a aumentar na cidade de Lisboa. Os números avançados pela instituição dão conta de que, na cidade, cerca de 132 mil pessoas se encontram nessa faixa etária. Dessas, “aproximadamente 85 mil vivem sozinhas ou acompanhadas de outra pessoa do mesmo escalão etário” e “muitas destas pessoas escolheram continuar a residir nas suas casas, sozinhas ou acompanhadas, devido ao forte sentimento de pertença e de identidade comunitária”.

Além da CML, o projeto envolve a Segurança Social, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a PSP, a Rede Social de Lisboa e ainda as juntas de freguesia da capital.