Natal. A época das compras já começou mas evite cair em tentações

Natal. A época das compras já começou mas evite cair em tentações


Portugueses pensam gastar entre 314 e 382 euros nesta época natalícia. A tarefa de poupança fica para segundo plano. Evite loucuras, o seu orçamento agradece


Faltam duas semanas para a tão desejada troca de prendas e, se muitos portugueses já começaram a fazer as suas compras de Natal – e há mesmo quem já possa estar despachado dessa tarefa –, há sempre quem prefira deixar as escolhas para a última hora. Para estes últimos, há que ter sempre em conta um risco presente: têm menor opção de compra e, em muitos casos, ficam sujeitos a preços mais altos. Mas não tem necessariamente de ser esse o cenário.

Quer continuar a oferecer os mesmos presentes gastando menos do que no ano anterior? É possível, e a solução pode passar por menos quantidade ou mais atenção na escolha. Há regras básicas que deverá seguir para evitar desequilíbrios orçamentais e desagradáveis surpresas. De acordo com um estudo do Cetelem, os portugueses estão a pensar gastar, em média, 382 euros neste período de Natal – um aumento de 52% face ao ano passado, em que os gastos se fixaram nos 255 euros. Do total desse valor, cerca de metade (49%) será gasto em presentes, seguido da compra de mercearias, com 47%. As compras sazonais – como decoração –registam um valor mais residual, ao não ultrapassar os 4%.

Muitas das prendas compradas destinam-se aos mais pequenos. Assim, as prendas para os mais novos deverão rondar gastos médios de 125 euros. Numa análise mais aprofundada, 30% dos inquiridos não deverão gastar mais de 100 euros nestes presentes. Já 26% pretendem despender entre 101 e 250 euros com os membros mais novos da família. Apenas 3% consideram ultrapassar este valor.

Já a poupança, neste período, fica para trás. “No geral, verifica-se uma diminuição da intenção de poupar, aumentando a percentagem dos que não sabem se o vão fazer. Os que tencionam poupar têm intenção de reduzir os gastos com presentes, aproveitando promoções para efetuar as compras, reduzir o valor gasto em cada presente ou adquirir um menor número de presentes”, diz o estudo.

Menos despesista Ligeiramente mais contidos estão os consumidores inquiridos pelo estudo da Deloitte ao apontar para uma intenção de gastos na ordem dos 314 euros por agregado familiar, ou seja, menos 7,1% que os gastos estimados em 2017 e quase metade do valor registado em 2008.

“O valor estimado para este ano é, efetivamente, o segundo mais baixo da pesquisa, apenas ultrapassado em 2014, quando os consumidores portugueses estimaram gastar 270 euros”, diz a consultora. E vai mais longe: Portugal é um dos países que mais diminuíram o valor estimado de gastos para este ano. Já o Reino Unido e Espanha continuam a ser os países onde os gastos são mais elevados e, por oposição, Holanda, Rússia e Polónia os países em que as populações despendem menos nesta época festiva. Feitas as contas, em comparação com outros países, a previsão de gastos dos portugueses fica 63 euros abaixo da média europeia.

Local de eleição Quanto ao local de compra, as lojas de centros comerciais continuam a liderar as preferências dos consumidores. Esta intenção, segundo a Deloitte, encontra-se bastante acima da média europeia, apesar da redução de 74% para 67%. Já os hipermercados/ supermercados continuam a ser a segunda maior opção no momento de fazer as compras de Natal, estando Portugal, mais uma vez, acima de todos os países europeus inquiridos, e sendo as lojas de rua a terceira escolha mais mencionada pela população portuguesa que, ao mesmo tempo, também privilegia as compras em outlets em detrimento das compras online.