Só nos primeiros nove meses do ano, as exportações para a China representaram mais de 512 milhões de euros, o que representa uma queda de 17% face a igual período do ano passado – e um valor bastante inferior quando comparado com o que importamos do mercado chinês, que ultrapassa 1,7 mil milhões de euros, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os veículos e outros materiais de transporte apresentam o maior peso nos bens nacionais enviados para a China, ao representarem mais de 144 milhões de euros. Logo a seguir surgem os produtos de pastas celulósicas e papel, assim como os minerais e minérios, com cada um dos setores a pesar mais de 54 milhões de euros. Também as máquinas e aparelhos (mais de 52 milhões), produtos alimentares (mais de 43 milhões de euros) e os materiais têxteis (mais de 40 milhões de euros) apresentam um grande peso na nossa balança comercial.
Em contrapartida, importamos em grande volume máquinas e aparelhos que representam quase metade do total que é gasto nos produtos que são importados (mais de 615 milhões de euros). Logo a seguir surgem os metais (mais de 155 milhões de euros) e os materiais têxteis (139 milhões de euros).
A verdade é que nos últimos cinco anos, de acordo com os dados do INE, as exportações de Portugal para a China cresceram 28%. O grande destaque vai para 2013 e 2014, altura em que os valores ultrapassaram os 638 milhões de euros, voltando a atingir níveis recorde em 2017: quase 842 milhões de euros.
Já em sentido contrário, a subida rondou, em média, mais de 200 milhões de euros. De 2013 a 2017, o aumento foi de 50% para um total de mais de dois mil milhões de euros nesse último ano.
No final do ano passado, a China era o 11.o maior cliente das exportações portuguesas e era o sexto maior fornecedor.