China aceita fim de guerra comercial com os EUA, mas não garante mais conflitos no futuro

China aceita fim de guerra comercial com os EUA, mas não garante mais conflitos no futuro


O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que “tendo em conta a crescente interação entre os dois países, não é possível assegurar que não surgirão mais frições ou disputas no futuro”


A China quer evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos, mas "tendo em conta a crescente interação entre os dois países, não é possível assegurar que não surgirão mais frições ou disputas no futuro", garantiu Lu Kang, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. 

Ontem, o secretário do Tesouro norte-american, Steven Mnuchin, anunciou que os dois lados da contenda "suspenderam a guerra comercial" na sequência do anúncio chinês em importar mais produtos norte-americanos. O fim da guerra comercial foi alcançado depois de dois dias de negociações ao mais alto nível entre Washington e Pequim. 

"O consenso mais importante alcançado nestas negociações é de que as duas partes reconheceram que só através de consultas poderemos gerir adequadamente qualquer tipo de disputas", disse Lu. 

O presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu que Pequim aceitasse cumprir com duas das suas promessas eleitorais: redução do défice dos EUA em "pelo menos" 200 mil milhões de dólares até 2020 e uma melhor proteção para a propriedade intelectual das empresas norte-americanas. No entanto, o documento escrito da declaração conjunta é omisso relativamente a medidas concretas.