Numa mensagem partilhada através de um vídeo enviado ao 2.º Fórum Internacional sobre as formas modernas de escravidão, que decorre até amanhã, em Buenos Aires, o Papa Francisco deixou um apelo a toda a gente.
O objetivo deste encontro é reunir políticos, teólogos e estudiosos provenientes da América Latina e de outras regiões, de forma a dar continuidade à conversa iniciada no primeiro fórum.
Na mensagem partilhada, o Papa lembrou que a escravidão não é apenas uma coisa do passado, uma vez que continua a ser uma prática atual e com raízes profundas que se manifestam através do tráfico de seres humanos, da exploração do trabalho por meio de dívidas, da exploração de crianças, da exploração sexual e do trabalho doméstico forçado.
“Cada um destes fenómenos é mais grave e desumano que o outro”, refere Francisco no vídeo, fazendo referência a estatísticas recentemente divulgadas e que informam que “existem 40 milhões de pessoas, homens, mas especialmente mulheres e crianças, em situação de escravidão”.
Francisco considera que “ninguém pode ficar indiferente e, de algum modo, cúmplice deste crime contra a humanidade”.
“Não podemos olhar para outro lado e declarar a nossa ignorância ou a nossa inocência”, disse, sublinhando que é importante agir em favor dos que se tornaram escravos, que é preciso defender os seus direitos e “impedir que os corruptos e os criminosos escapem da justiça e mantenham o controle sobre as pessoas escravizadas”.
“Juntos podemos construir uma sociedade renovada e orientada à liberdade, à justiça e à paz”, concluiu o papa.