Página da Worten usada para obter dinheiro virtual com as visitas

Página da Worten usada para obter dinheiro virtual com as visitas


Em outubro do ano passado, aconteceu o mesmo com o site oficial do jogador português Cristiano Ronaldo.


O site da Worten esteve a ser usado para gerar dinheiro virtual, através dos computadores, telemóveis ou tablets dos visitantes, sem informar os utilizadores.

Quem visitou o site da empresa de eletrónica do grupo Sonae, durante esta tarde, pode ter estranhado que o computador tenha acelerado, aquecido ou tenha mesmo ficado mais lento. Se usou o telemóvel ou o tablet, pode ter estranhado que a bateria tenha acabado muito rapidamente. Mas bastava fechar a página e o problema ficava resolvido. A verdade é que o site esteve a utilizar o poder de processamento dos computadores dos visitantes para gerar a moeda virtual Monero.

Questionada pelo i, a Worten confirmou que “houve um problema com o site, mas que já está resolvido”.

“A ocorrência no website worten.pt não configurou um ataque informático, mas um acesso não autorizado. A situação foi imediatamente detetada e resolvida com celeridade, não tendo afetado nem os clientes nem a plataforma”, explicou a empresa.

Na rede social Reddit, muitos são os utilizadores que relatam que sentiram algum de diferente no computador quando acederam ao site da loja.

“Basicamente alguém alterou o código do site para gerar uma moeda virtual. Qualquer pessoa que aceda a site fornece parte do seu CPU (unidade central de processamento) para financiar a quem lá colocou o código. Resumo: Estão a fazer dinheiro à conta das pessoas que visitam a página. Não há virus envolvido, simplesmente vês o teu processador a passar para 100%. É como se estivesse a fazer cálculos complexos”, escreveu um utilizador da rede social.

Em outubro do ano passado, aconteceu o mesmo com o site oficial do jogador português Cristiano Ronaldo. A página foi também usada para gerar a moeda virtual Monero, através dos recursos dos computadores, telemóveis ou tablets dos visitantes. O assunto acabou por ser resolvido pouco tempo depois, mas não foi dada qualquer justificação aos utilizadores.