Na mesma entrevista controversa em que assumiu a sua orientação sexual, a secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, garantiu que foi um Executivo do PS que criou em 1995 o Alto Comissariado para os Imigrantes e Minorias Étnicas ACIME), inaugurando assim uma política pública de imigração no país.
No entanto, na sua coluna de opinião semanal no SOL, o deputado Feliciano Barreiras Duarte não deixa passar em claro a afirmação, considerando-a uma apropriação indevida pelos socialistas.
«O que existia era um alto-comissário (e não um Alto Comissariado) com orçamento quase nulo, sem estrutura organizativa, sem meios, sem serviços e sem qualquer política pública», escreve Barreiras Duarte. Quem criou o ACIME «foi o Governo de coligação PSD/CDS-PP liderado por José Manuel Durão Barroso, em 2002».
O deputado vai mais longe e diz que a herança deixada pelo PS nesse domínio foi «vergonhosa». Mais concretamente «uma folha A4 e as chaves de umas salas do faustoso e sumptuário Palácio Foz, com computadores com todos os registos apagados».