Portugal merece olhar positivo

Portugal merece olhar positivo


O comissário europeu dos Assuntos Económicos considera que o desempenho económico de Portugal “merece ser olhado de forma positiva” por parte das agências de notação financeira.


De acordo com Pierre Moscovici, “os riscos não podem ser olhados hoje com os óculos de ontem" e que há "boas razões para confiar mais em Portugal, o que não era o caso no passado". 

O responsável sustenta que o desempenho económico do país está melhor e que “as finanças públicas estão mais em ordem, mesmo que subsistam problemas de dívida que não podem ser subestimados”.

Moscovici, que falava comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, acrescentou que “Portugal merece ser olhado de forma positiva e os desenvolvimentos devem reforçar a confiança em Portugal"

O comissário francês ressalvou que "não cabe à Comissão Europeia falar diretamente com as agências de notação" mas que acabou “por fazê-lo através desta resposta”. A uma pergunta do eurordeputado Pedro Silva Pereira na comissão de Assuntos Económicos do Parlamento Europeu, Moscovici acrescentou que “Portugal merece ser olhado de forma positiva e os desenvolvimentos devem reforçar a confiança em Portugal".

O responsável apontou ainda que a recomendação da Comissão Europeia para a saída de Portugal do Procedimento Por Défices Excessivos (PDE), decidida na semana passada pelo executivo comunitário, "recompensa os esforços importantes feitos por Portugal", e observou que, embora não tenham alterado a nota à dívida de longo prazo do país, as agências de rating constataram "uma orientação positiva".

Pierre Moscovici, o vice-Presidente da Comissão Valdis Dombrovskis e a Comissária para o Emprego Marianne Thyssen, falavam a propósito do Semestre Europeu e das Recomendações Específicas por País que vão agora ser analisadas – em junho – pelos ministros da Finanças dos dos países da União Europeia (UE).

No passado domingo, o ministro da Economia disse esperar que as agências de notação financeira melhorem o 'rating' de Portugal "ainda neste ou no próximo ano". Manuel Caldeira Cabral defendeu que "os números do défice, do crescimento económico e do emprego este ano justificam, naquilo que é a análise normal dos ratings, uma revisão".