O estrilho


O caso do cancelamento da conferência de Jaime Nogueira Pinto na Universidade Nova (FCSH) agitou as águas tépidas da comunicação e das redes sociais e fez convergir todas as indignações públicas.


 O caso em si é caricato, sem dúvida, mas pela dinâmica comunicacional que gerou deu logo em “escândalo nacional”, e não faltou depois o imenso cortejo, mais ou menos adjetivado, das vozes e dos posicionamentos sobre um assunto que, convenhamos, ficou definitivamente arrumado pela perspicaz e oportuna intervenção da Associação 25 de Abril, ao oferecer o palco e a voz ao supostamente censurado conferencista.

De tudo isto ficámos a saber que, nos tempos que correm, uma RGA já só conta com a presença de trinta e tal alunos, coisa preocupante e impensável na minha geração. Ficámos também a saber que anda por aí uma coisa pequenina e saudosista chamada “Nova Portugalidade” (nova…?), e que a atitude porventura bondosa mas manifestamente incauta do diretor da FCSH, ao cancelar a conferência, deu o estrondo que deu, um verdadeiro circo romano de pó e cinzas.

Apenas pela positiva, e no meio de todo o cafarnaum, registe-se o texto da frustrada conferência de Jaime Nogueira Pinto, publicado este sábado no “Expresso”, e que, por si só, ironicamente calaria o frenesi das tais silhuetas agitadas pela tal “nova” coisa. Divergências à parte, é um texto oportuno, culto, informado e merecedor de uma leitura atenta no contexto de um debate que parece não ter ainda ultrapassado as interjeições e os estados de alma. Pois, é pena não se notar que tenha sido lido. Mas devia.

O estrilho


O caso do cancelamento da conferência de Jaime Nogueira Pinto na Universidade Nova (FCSH) agitou as águas tépidas da comunicação e das redes sociais e fez convergir todas as indignações públicas.


 O caso em si é caricato, sem dúvida, mas pela dinâmica comunicacional que gerou deu logo em “escândalo nacional”, e não faltou depois o imenso cortejo, mais ou menos adjetivado, das vozes e dos posicionamentos sobre um assunto que, convenhamos, ficou definitivamente arrumado pela perspicaz e oportuna intervenção da Associação 25 de Abril, ao oferecer o palco e a voz ao supostamente censurado conferencista.

De tudo isto ficámos a saber que, nos tempos que correm, uma RGA já só conta com a presença de trinta e tal alunos, coisa preocupante e impensável na minha geração. Ficámos também a saber que anda por aí uma coisa pequenina e saudosista chamada “Nova Portugalidade” (nova…?), e que a atitude porventura bondosa mas manifestamente incauta do diretor da FCSH, ao cancelar a conferência, deu o estrondo que deu, um verdadeiro circo romano de pó e cinzas.

Apenas pela positiva, e no meio de todo o cafarnaum, registe-se o texto da frustrada conferência de Jaime Nogueira Pinto, publicado este sábado no “Expresso”, e que, por si só, ironicamente calaria o frenesi das tais silhuetas agitadas pela tal “nova” coisa. Divergências à parte, é um texto oportuno, culto, informado e merecedor de uma leitura atenta no contexto de um debate que parece não ter ainda ultrapassado as interjeições e os estados de alma. Pois, é pena não se notar que tenha sido lido. Mas devia.