Máfia do Sangue. Lalanda ficou em prisão domiciliária

Máfia do Sangue. Lalanda ficou em prisão domiciliária


O antigo administrador da Octopharma está ainda proibido de contactar com os restantes arguidos, nomeadamente com Luís Cunha Ribeiro, ex-diretor do INEM


Lalanda e Castro, arguido no inquérito O-Negativo, vai ficar em prisão domiciliária e com pulseira eletrónica. O Tribunal de Instrução Criminal proibiu ainda o ex-administrador da farmacêutica Octopharma de contactar com outros arguidos. As medidas de coação foram confirmadas hoje de manhã pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa investiga os contornos da venda de derivados do sangue à farmacêutica. “Em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais”, esclarece a PGR na mesma nota.

Já o antigo presidente do INEM e da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, o médico Luís Cunha Ribeiro, está, desde 17 de dezembro, em prisão preventiva. O juiz de instrução considerou existir “perigo de fuga” e “perigo de destruição de prova”, pelo que optou pela medida de coação mais pesada.

O Ministério Público (MP) acredita que Lalanda e Castro e Cunha Ribeiro “terão acordado entre si que este último utilizaria as suas funções e influência para beneficiar indevidamente a empresa do primeiro”.