De acordo com os resultados provisórios do Inquérito às Despesas das Famílias 2015/2016, “a evolução da despesa anual média dos agregados familiares, em volume (preços constantes) corresponde a um decréscimo de 4,2%”. Assim, o INE conclui que, descontando o efeito do preço, “em volume, as despesas médias das famílias diminuíram entre 2010/2011 e 2015/2016”.
Isto apesar da despesa anual média dos agregados familiares ter sido de 20 916€ em 2015/2016, que é um “aumento nominal de 2,6% relativamente à despesa anual média de 20 391€ em 2010/2011”.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram também que “as despesas com habitação (31,8%), com transportes (14,7%) e com produtos alimentares (14,4%) continuam a representar a maior parcela da despesa média das famílias: 60,9% em 2015/2016”. No seu conjunto “este é um aumento de quase 4% face a 2010/2011”. O INE acrescenta que assim se mantém a “tendência para o aumento da importância relativa da despesa total anual média das famílias nas três principais componentes, observada desde 2000 (53,4% em 2000, 55,0% em 2005/2006, 57,0% em 2010/2011)”.
O INE revela ainda que em 2015/2016 há “decréscimos acentuados nas despesas com bebidas alcoólicas, tabaco e narcóticos (-17,4%)” tal como com “lazer, recreação e cultura (-17,2%)” e ainda “com as despesas em restaurantes e hotéis (-15,8%)”.
De acordo com o INE o objetivo principal desta operação quinquenal é o apuramento da estrutura das despesas, dando continuidade à série de estatísticas dos orçamentos familiares iniciada em 1967/1968.