A maldição de D. Maria (I parte)


Diz a lenda que uma maldição assombra a vida do Palácio Nacional da Ajuda. Ardida a primitiva “Real Barraca”, foi por vontade de D. Maria i que o príncipe D. João, em 1794, encomenda a Manuel Caetano de Sousa um monumental projeto barroco, com o quádruplo da área atual – proposta essa rejeitada logo no…


As invasões francesas, a saída da corte para o Brasil e, depois, as guerras liberais fizeram sentir-se na lentidão de uma obra onde já em 1834, na Sala do Trono, D. Pedro iv jurou a Constituição.

O mais decisivo impulso construtivo só aconteceria no reinado de D. Luís, pela mão de sua mulher, Maria Pia de Saboia que, em 1862, encarrega Joaquim Possidónio da Silva da condução os trabalhos.

Dessa intervenção resultou a atual estrutura arquitetónica, inacabada na ala poente. Poucos se recordarão mas, a 24 de setembro de 1974, um violento incêndio destruiu a galeria de pintura do rei D. Luís e a maior parte da ala norte do palácio.

Foi então a extinta Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais encarregada da sua reconstrução, onde a partir dos anos 80 se instalariam o ex-Instituto Português do Património Cultural (atual DGPC) e, depois, o Ministério da Cultura. Mas sempre com a ala poente inacabada…
 

A lenda da “maldição” prende-se com o afastamento de Caetano de Sousa, autor do megalómano projeto inicial, quando D. Maria i, irada com a decisão do filho e já em processo demencial, terá rogado a praga que agora se quebra com o remate do palácio.


A maldição de D. Maria (I parte)


Diz a lenda que uma maldição assombra a vida do Palácio Nacional da Ajuda. Ardida a primitiva “Real Barraca”, foi por vontade de D. Maria i que o príncipe D. João, em 1794, encomenda a Manuel Caetano de Sousa um monumental projeto barroco, com o quádruplo da área atual – proposta essa rejeitada logo no…


As invasões francesas, a saída da corte para o Brasil e, depois, as guerras liberais fizeram sentir-se na lentidão de uma obra onde já em 1834, na Sala do Trono, D. Pedro iv jurou a Constituição.

O mais decisivo impulso construtivo só aconteceria no reinado de D. Luís, pela mão de sua mulher, Maria Pia de Saboia que, em 1862, encarrega Joaquim Possidónio da Silva da condução os trabalhos.

Dessa intervenção resultou a atual estrutura arquitetónica, inacabada na ala poente. Poucos se recordarão mas, a 24 de setembro de 1974, um violento incêndio destruiu a galeria de pintura do rei D. Luís e a maior parte da ala norte do palácio.

Foi então a extinta Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais encarregada da sua reconstrução, onde a partir dos anos 80 se instalariam o ex-Instituto Português do Património Cultural (atual DGPC) e, depois, o Ministério da Cultura. Mas sempre com a ala poente inacabada…
 

A lenda da “maldição” prende-se com o afastamento de Caetano de Sousa, autor do megalómano projeto inicial, quando D. Maria i, irada com a decisão do filho e já em processo demencial, terá rogado a praga que agora se quebra com o remate do palácio.