22.11.63. E se John F. Kennedy não tivesse sido assassinado?

22.11.63. E se John F. Kennedy não tivesse sido assassinado?


A pergunta serve de ponto de partida para a nova série da Fox, com estreia marcada para dia 11


Não é preciso ser norte-americano para ter bem presente na memória o momento em que o presidente do país foi baleado e caiu no colo da mulher, durante uma visita a Dallas. É certo que, para muitos, o momento não passou disso mesmo. Mas para outros, sobretudo para os norte-americanos, o assassinato de John F. Kennedy simboliza o assassinato do optimismo e esperança que o próprio simbolizava. Naquele momento, Lee Harvey Oswald disparou, não apenas contra o político, mas também contra toda uma nação que ainda curava as feridas da guerra.

Em “22.11.63”, a série que estreia amanhã, dia 11 de abril, na Fox, pelas 22h15, procura-se fazer uma viagem ao passado, nomeadamente à década de 1960. E imaginar como seria se John F. Kennedy não tivesse sido assassinado e tivesse cumprido o seu mandato na totalidade.

Baseada na obra homónima de Stephen King e realizada por J.J. Abrams, “22.11.63” conta com James Franco no principal papel, o professor de liceu Jake Epping, que, descontente com a vida que leva e a vida do seu país, decide que quer tentar fazer a diferença. Para tal junta-se ao melhor amigo, Al Templeton, interpretado por Chris Cooper, para regressarem ao passado na tentativa de impedirem o assassinato de John F. Kennedy. É, de resto, Al, que mostra a Jake a toca do coelho, uma espécie de portal secreto, que permite viajar no tempo. Juntos os dois amigos investigam a vida de Lee Harvey Oswald (interpretado por Daniel Webber), na tentativa de perceber a mente do alegado assassino e, desta forma, tentarem evitar o assassinato que obrigou a América a rescrever a sua história.

Com um equilíbrio muito bem conseguido entre o imaginário ficcionado do escritor de ficção científica Stephen King, que assina, entre outros, o livro que dá origem ao filme “The Shining”, e do realizador J.J. Abrams – que ainda recentemente assinou “Star Wars, o Despertar da Força” – e ainda um dos factos que mais fortemente marcou a história do país, esta nova série, ajudada também pela interpretação de James Franco, tem recolhido críticas bastante positivas, provando como o mistério em torno da morte de John F. Kennedy e a forma como isso influenciou a história mundial continuam a somar uma legião de fãs curiosos. Se, além disto, se tiver ainda em conta que a última série televisiva assinada por J.J. Abrams foi “Lost”, que esteve no ar entre 2004 e 2008, podem estar reunidos os factores necessários para que esta viagem ao passado seja um dos novos fenómenos de culto dos fanáticos por séries.