Resultado de desabamentos verificados ao longo da altiva costa litoral desta curiosa ilha, as fajãs, convertidas em pequenos pomares e terras de cultivo, constituem autênticos logradouros onde a extasiante beleza e a tão necessária e desejada tranquilidade se aliam, para dar lugar a momentos de absoluta paz interior.
Da mais famosa pelas suas saborosas amêijoas, a Fajã da Caldeira do Santo Cristo, à dos Cubres, também com uma cristalina lagoa e à do Ouvidor, de limites rendilhados beijando o mar, passando por uma série de outras fajãs não menos interessantes no conjunto paisagístico de São Jorge, o litoral desta ilha oferece quadros de rara e admirável beleza natural.
Completando toda esta deslumbrante paisagem costeira, estão:
– O Ilhéu do Topo, ao largo da ponta oriental da ilha, centro de nidificação de gaivotas e poiso de muitas aves marinhas, quer residentes, quer migratórias e onde se podem encontrar alguns bons exemplares da flora endémica dos Açores, razões que, aliadas à sua vertente paisagística, levaram à sua classificação como Reserva Natural;
– O Ilhéu dos Rosais, no extremo oposto de São Jorge, rochedo que, pela sua inospitalidade, apenas serve para poiso de algumas aves marinhas.
No planalto central da ilha, que culmina nos 1.053 m de altitude do Pico da Esperança, interessantes e inesquecíveis panorâmicas se podem vislumbrar sobre a própria ilha, de perto vigiada pelo Pico, Graciosa, Terceira e Faial.
As Crónicas da Atlântida
Um projecto em que o fotojornalista António Luís Campos documenta fotograficamente o dia-a-vida das nove ilhas dos Açores – começam aqui, agora. Durante nove meses serpentearão por todas as ilhas do arquipélago, da maior para a mais pequena, em ventos que sopram de Leste para Oeste.
Acompanhe esta viagem fotográfica em www.ionline.pt/atlantida