A Impresa obteve um lucro de 1,089 milhões de euros até Setembro, menos 80,4% face a igual período de 2014, mas passou de prejuízos a ganhos no terceiro trimestre, anunciou esta quinta-feira a dona da SIC e do Expresso.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa adianta que no terceiro trimestre passou de prejuízos de 384,7 mil euros de euros, em 2014, para lucros de 416,6 mil euros este ano.
As receitas consolidadas diminuíram 4,8% entre Janeiro e Setembro, face ao período homólogo do ano passado, para 164,4 milhões de euros.
No terceiro trimestre, as receitas diminuíram 0,9% para 52,9 milhões de euros, "afectadas pelas quedas das receitas de circulação e dos IVR [chamadas de valor acrescentado], não compensadas pelo aumento das receitas de publicidade (+1,5%) e de subscrição de canais (+12,4%)", adianta o grupo de Francisco Pinto Balsemão.
Relativamente ao resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA), registou-se uma quebra de 28,2% nos primeiros nove meses do ano, para 14,2 milhões de euros.
No terceiro trimestre, o EBITDA cresceu 16,3% para 3,9 milhões de euros.
As receitas consolidadas da SIC diminuíram 5% para 123,1 milhões de euros até Setembro, enquanto no terceiro trimestre cresceram 0,9% para 39,5 milhões de euros.
"Os crescimentos das receitas de publicidade e de subscrição, no terceiro trimestre, compensaram a descida das outras receitas (-22%) e, particularmente, as receitas de multimédia", refere o grupo de media.
"No terceiro trimestre de 2015, as receitas publicitárias apresentaram uma subida de 3,1% para 21 milhões de euros, uma inversão relativamente ao trimestre anterior. Este crescimento no trimestre permitiu que, no final de Setembro de 2015, as receitas de publicidade aumentassem 0,3% para 67 milhões de euros", adianta.
No acumulado dos nove meses, as receitas de publicidade representaram 54% do total das receitas da SIC.
Do total de receitas consolidadas do grupo Impresa até Setembro (164,4 milhões de euros), a maior fatia era da publicidade (84,7 milhões de euros, com uma diminuição de 0,4%), seguida da subscrição de canais (37,8 milhões de euros, subida de 12,3%), circulação (18,7 milhões de euros, menos 2,9%), enquanto as outras receitas diminuíram 33,4% para 23 milhões de euros.
"As receitas de subscrição geradas pelos oito canais da SIC, em Portugal e no estrangeiro, cresceram 12,4% no terceiro trimestre de 2015 para 12,6 milhões de euros. Este crescimento registou-se em ambos os mercados, nacional e estrangeiro, mas com maior ênfase nos mercados internacionais, através do aumento dos subscritores e da venda de novos canais", refere.
No segmento de publishing, as receitas recuaram 4,1% até Setembro, para 40,3 milhões de euros, e no InfoPortugal & Outras subiram 4% para 1,6 milhões de euros.
Entre Julho e Setembro, as receitas de publishing recuaram 6,1% para 13,1 milhões de euros, enquanto as de InfoPortugal & Outras subiram 9,5% para 480 mil euros.
Os custos operacionais, excluindo amortizações e depreciações e perdas de imparidade, diminuíram 1,8% para 150,2 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano.
Só no terceiro trimestre, os custos operacionais caíram 2,1% para 48,9 milhões de euros.
"Os resultados financeiros tiveram uma evolução favorável no terceiro trimestre, com uma melhoria de 19,6% para 22 milhões de euros em relação ao período homólogo", refere ainda a empresa presidida por Pedro Norton.
"Esta melhoria foi o resultado da renegociação de várias linhas de financiamento, o que permitiu a descida dos custos de financiamento a partir deste trimestre", aponta a Impresa, que acrescenta que "esta poupança em encargos financeiros mais do que compensou as perdas cambiais que se registaram no trimestre".
No final de Setembro, "os resultados financeiros negativos de 9,2 milhões de euros apresentaram uma variação desfavorável de 13,7% face ao período homólogo".
Em Setembro, a dívida remunerada (dívida bancária líquida + locações financeiras) cifrava-se em 195,6 milhões de euros, que compara com o valor de 197,6 milhões de euros registado no período homólogo de 2014".
No mês passado, a dívida remunerada de médio e longo prazo representava cerca de 71% do total.
Lusa