Conhece a expressão "Houston, we have a problem!"? Pois bem, os Houston Astros tinham vários e todos pareciam impossíveis de resolver. Na Major League Baseball desde 1962, a equipa texana só conseguira atingir os playoffs em nova ocasiões e estava num jejum desde 2005, curiosamente a época em que mais longe foram, perdendo a World Series para os Chicago White Sox.
A euforia deu lugar ao fracasso sucessivo e as épocas negativas tornaram os Astros no saco de pancada da National League. Em 2008, com 86 triunfos, somaram a última época com registo positivo no balanço vitórias-derrotas, mas a partir daí mergulhou no abismo. Em 2011 e 2012 atingiu o fundo do poço, com 106 e 107 derrotas mas, por incrível que pareça, o pior ainda estava para vir. A MLB decidiu fazer uma reestruturação de divisões e os Astros foram enviados para a American League. A adaptação não podia ser pior, com 111 derrotas (a pior época na história da equipa e a sétima da era moderna), e o cenário pareceu ainda mais difícil.
Mas a recuperação chegou. As 51 vitórias de 2013 deram lugar a 70 em 2014 e esta época o registo de 86 triunfos e 76 derrotas abriu a possibilidade de a equipa jogar o wildcard de acesso aos playoffs. O adversário não podia ser mais temível, pelo menos historicamente: os New York Yankees. Pior ainda, o jogo seria em Nova Iorque.
Depois de anos e anos sem sucesso, os Astros mostraram no Yankee Stadium que estão novamente alinhados, garantindo um triunfo de 3-0, sustentado nos home runs de Colby Rasmus e Carlos Gómez. Os Yankees foram reduzidos a três hits e terminaram a época mais uma vez sem brilho.
O próximo capítulo dos Astros passa pelo duelo com os Kansas City Royals. As perspectivas voltam a não ser as mais positivas mas esta época tem demonstrado que tudo é possível.