Marinho e Pinto está satisfeito com a campanha do PDR, que pela primeira vez se apresenta a eleições, mas acha que pode ser penalizado por a comunicação social lhe dar pouca visibilidade. “Ser candidato assim é difícil”, diz ao i Marinho e Pinto, garantindo que “o entusiasmo das pessoas é enorme de norte a sul do país”.
“Existe uma aceitação enorme. No almoço em Ponte de Lima estiveram 300 pessoas. No jantar em Braga mais de 200 pessoas”, acrescenta o candidato do PDR, que nas últimas europeias foi o cabeça-de-lista do Movimento Partido da Terra (MPT) e conseguiu mais de 7% dos votos, tendo ficado à frente do Bloco de Esquerda.
Marinho e Pinto prefere não traçar nenhuma meta para o próximo domingo, mas não tem dúvidas de que será prejudicado porque “as rádios e televisões andam todos os dias a meter o Passos, o Portas e o Costa pela boca abaixo” dos portugueses. “Há candidatos de primeira e de segunda”, queixa-se o ex-bastonário da Ordem dos Advogados.
Se conseguir eleger deputados, Marinho e Pinto garante que não viabilizará nenhum governo em “troca de lugares”, mas não fecha a porta a alianças pós eleitorais com algumas condições: “estaremos com os que quiserem combater a pobreza, aqueles que quiserem reforçar os direitos das mulheres e das mães trabalhadoras, aqueles que quiserem proteger os idosos e as crianças e aqueles que quiserem combater o terrorismo fiscal e dignificar os militares. Por troca de lugares não seremos muleta de ninguém”.
Marinho e Pinto já tinha assumido que fará “alianças até com o diabo se for conveniente para os interesses dos portugueses” e, numa acção de campanha, em Espinho, garantiu que “se os partidos com responsabilidades o quiserem, o PDR estará na primeira linha para cumprir com as suas”.
Ao i, o advogado é cauteloso sobre a possibilidade de vir a ser ministro. “Já estou velho para certas coisas”, diz o cabeça-de-lista do PDR por Coimbra, que vai continuar em Bruxelas se não for eleito para a Assembleia da República.
O advogado lamenta que algumas pessoas ainda pensem que ele está no MPT. “Continuam a querer identificar-me com aquele partido pelo qual me candidatei ao Parlamento Europeu. Espero que os portugueses façam essa distinção”.
MPT elegeu dois deputados para Bruxelas, mas entrou em ruptura com Marinho e Pinto, que lançou o Partido Democrático Republicano no dia 5 de Outubro de 2014. “Opartido das três estrelas, a estrela da liberdade, a estrela da justiça e a estrela da solidariedade”, remata Marinho e Pinto.