Costa admite rever portagens nas auto-estradas do interior

Costa admite rever portagens nas auto-estradas do interior


A campanha oficial arrancou hoje, com o PS na Covilhã a prometer reavaliar (e fala mesmo em eliminação) de portagens nas auto-estradas do interior, regiões transfronteiriças e turísticas.


O PS arrancou com a campanha oficial com uma visita ao Hospital Pêro da Covilhã, onde António Costa prometeu investir na fixação de médicos no interior e admitiu também avaliar a eliminação da cobrança de portagens na "zona do interior, nas regiões transfronteiriças e de particular afluxo de turismo, como a Via do Infante".

Costa falou à saída de uma visita ao hospital, onde se reuniu com a administração à porta fechada, e começou por repetir a necessidade de valorização do Serviço Nacional de Saúde atacando o governo por ter falhado nos "incentivos à fixação de médicos", bem como no reforço do quadro de enfermeiros. Para o secretário-geral do PS, "a fixação de médicos no interior é tão importante como a redução de taxas moderadoras no que diz respeito na melhoria do acesso dos cidadãos à saúde". 

Foi já depois desta declaração inicial que Costa foi questionado, pelos jornalistas, sobre a possibilidade de uma discriminação positiva nas autos-estradas no interior e aí assumiu que "é necessário fazer a reavaliação das obrigações contratuais que o Estado assumiu em toda a zona do interior, nas regiões transfronteiriças e de particular afluxo turístico". "Eliminar e criar melhores condições de acesso à região", detalhou mesmo. 

Costa já tinha admitido isto mesmo, em relação às portagens na Via do Infante, numa entrevista à TVI em Julho em que disse que nunca ter sido "grande defensor das lutas contra as portagens" e dizendo-se "pouco entusiasta de propostas de eliminação. Mas há algumas situações que deviam ser revistas, como por exemplo na Via do Infante", disse nessa altura. Agora acabou por referir que outras regiões devem ter cobrança de portagem revista. Deixou ainda uma pontada à coligação (mais uma vez com o plafonamento da segurança social) dizendo que "a liberdade de escolha é dos fracos e não reforçar a opinião dos que têm mais recursos de deixarem de contribuir para uma sociedade mais justa".