O BPI levantou esta tarde o véu sobre as contas relativas ao primeiro semestre do ano, ode regressou aos lucros, ao reportar 76,2 milhões de euros de resultado líquido positivo. O valor compara com os 106,6 milhões de euros de prejuízo que o banco registou entre Janeiro e Junho de 2014.
O rácio de transformação – ou de créditos sobre depósitos – do banco fixou-se nos 82%, abaixo dos 120% a que obrigam as regras europeias. Para isto, contribuiu a redução da carteira de crédito do banco, em 3,5%, e também o aumento dos depósitos de clientes, em 4%.
O banco revela, no documento da apresentação dos resultados, que em 2019 reembolsará 1.200 milhões de euros de dívida soberana da zona euro que tem actualmente em carteira.
Este semestre, o banco não foi penalizado por perdas extraordinárias – como aconteceu no ano passado – derivadas das menos-valias da venda de títulos de divida portuguesa e italiana, nem pelo pagamento de juros associados às obrigações de capital contingente do Estado.
Em Fevereiro BPI foi alvo de uma Oferta Pública de Aquisição por parte do seu principal acionista, o CaixaBank, mas a operação acabou por não ser registada pelos catalães, uma vez que não houve a desblindagem de estatutos que eles pretendiam. A Santoro, de Isabel dos Santos, detentora de cerca de 20% do capital do BPI, fez uma contra-proposta e sugeriu que o banco se fundisse com o BCP. Ainda não há decisões sobre a operação.
O BPI revelou as contas relativas ao primeiro semestre do ano esta tarde, após o fecho dos mercados.