BPI. CaixaBank discute hoje sobre OPA

BPI. CaixaBank discute hoje sobre OPA


Acções do banco estão suspensas até haver “informação relevante” sobre a operação. Em que mãos fica o BPI?


As acções do BPI estão suspensas desde as 9h30 da manhã desta quinta-feira, 18 de Junho. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu suspender os títulos do banco que estavam a valorizar 1,68%, numa altura em que a administração do CaixaBank vai reunir para decidir o próximo passo em relação à OPA ao BPI.

Ontem, dia 17, os accionistas do BPI chumbaram a desblindagem dos estatutos que permitiria ao grupo catalão avançar com a Oferta Pública de Aquisição. O mercado aguarda agora um comunicado do CaixaBank sobre o assunto.

"O Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários, a suspensão da negociação das acções do Banco BPI, SGPS, até à divulgação de informação relevante sobre o emitente", lê-se no comunicado enviado esta manhã pela instituição liderada por Carlos Tavares.

Vários cenários

Há vários cenários em cima da mesa para o futuro do BPI. O CaixaBank pode optar por alterar as condições iniciais da OPA, abdicando da desblindagem dos estatutos – que limitam os direitos de voto dos accionistas a 20% – do banco e subindo a oferta. Se o fizer, o banco catalão poderá então registar a oferta junto da CMVM e aguardar uma decisão. Esta parece ser a opção mais viável, tendo em conta que o regulador do mercado aguarda uma informação relevante por parte do grupo catalão.

O CaixaBank pode ainda optar por retirar a oferta de OPA que lançou em Fevereiro, o que o impediria de voltar a tentar nova oferta no prazo de um ano, ou, numa atitude mais extremada, pode optar por vender a sua posição no banco liderado por Fernando Ulrich. Se assim acontecer, o banco catalão sai de Portugal mas não se sabe quem entra para o capital do banco. O CaixaBank tem actualmente uma participação de 44,1% no BPI.

Por outro lado, está ainda em cima da mesa a proposta de fusão apresentada pela Santoro, de Isabel dos Santos. A empresária respondeu à OPA dos catalães com uma proposta de fusão entre BPI e BCP