Coaching para noivas. Aprenda a eliminar os nervos para aproveitar ao máximo o grande dia

Coaching para noivas. Aprenda a eliminar os nervos para aproveitar ao máximo o grande dia


Preparar o casamento é stressante, sobretudo para as noivas, mas controlar a ansiedade e gerir bem o tempo são virtudes que podem ser treinadas


O dia do casamento está na lista dos mais importantes da vida de um casal mas também pode ser um dos momentos mais stressantes. Há muitas decisões para tomar e o tempo foge por entre os dedos. Medos e inseguranças são os maiores obstáculos que ameaçam os planos mas, no final da festa, os noivos são unânimes: valeu a pena.

O dia dos casamentos de Santo António é portanto uma excelente oportunidade para dar conta das grandes ansiedades que surgem antes de se pisar o altar da igreja. Há muito para fazer. “Organizar todos os pormenores, planear eficazmente as tarefas, controlar o stresse e a ansiedade e gerir o tempo” são algumas das dificuldades com que os noivos – mas principalmente as noivas – se têm de debater, explica Manuela Selas, master coach e pioneira no desenvolvimento do curso de “Coaching para Noivas”.

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Se a isto ainda acrescentarmos a “dificuldade em distinguir o que é urgente daquilo que é importante, em saber delegar tarefas e em lidar com os nossos próprios medos e inseguranças” podemos ter a receita para ficar com os cabelos em pé. Nesta equação inclui-se ainda o facto de muitas noivas continuarem a trabalhar e a ter as responsabilidades associadas à profissão: “Não é tarefa fácil. Deixa qualquer noiva à beira de um ataque de nervos”, avisa.

Madalena Monsanto casou há nove anos mas lembra-se de tudo como se fosse hoje. A preparação envolveu muito nervosismo mas a noiva contou com três ajudas essenciais: a mãe, a irmã e a sogra. “Tive um ano para preparar o meu casamento. O anúncio foi em Novembro de 2005”, conta. Esta antecedência beneficiou os preparativos.
Madalena faz parte do grupo de noivas que trabalhou até quase à véspera “Tirei apenas três dias de férias antes da cerimónia e estes foram, sem dúvida, os mais dramáticos”, recorda. Lembra-se até de se ter zangado com o então namorado por ser “demasiado perfeccionista”.

O fundamental é manter a calma, aconselha Manuela Selas. A mulher, regra geral, é a que mais se preocupa com as questões do casamento e a decisão por si só já provoca stresse e insegurança. Sentimentos que podem ensombrar “esta fase tão bonita e irrepetível da sua vida”, diz a master coach. E foi por isso que criou uma estratégia de coaching para ajudar as noivas a lidar com este período: “Decidimos desenvolver um programa para ajudar a noiva a ser a sua melhor versão. A noiva que ela quer ser”. Temas como o planeamento do tempo e das tarefas inerentes à fase do noivado bem como “garantir o equilíbrio entre o corpo e a mente” fazem parte do programa.

Noivo Eles são também parte integrante das decisões e das tarefas importantes, mas a experiência de Manuela Selas diz que elas são as que “mais sensíveis estão” e portanto são as que também precisam de “uma atenção especial”. A pressão recai, sem dúvida, mais sobre as mulheres: “O nível de expectativa que envolve todo o noivado e as exigências que as novas responsabilidades acarretam podem revelar-se tão desgastantes quanto estimulantes”, conta.

Nas sessões individuais de coaching, aconselha-se a presença do noivo pelo menos por duas vezes. Não só porque esse esse é um processo que tem de ser vivido a dois, mas também porque homem sente “as mesmas preocupações e angústias que a noiva mas de uma forma diferente”.

Madalena casou com um informático e a organização que ele trouxe contribuiu para a organização dos preparativos: “Tínhamos bases de dados para tudo. Para os meus convidados, para os dele e para os convidados que tínhamos em comum”, lembra, acrescentando que até sabia com antecedência quem se sentava onde durante o copo-de-água. Pode dizer-se que a cerimónia estava programada ao detalhe, mas Madalena tem noção que o marido é uma ave rara: “Normalmente, as mulheres preocupam-se com 80% das coisas”.

O casamento é uma decisão de partilha e, como tal, o envolvimento do casal em todo o processo é não só desejável como aconselhável. “Queremos ter a certeza de que o noivado serve também para construir hábitos de partilha, de cumplicidade e de diálogo que estão na base de um casamento feliz”, explica Manuela Selas.

Fracasso Na verdade, explica, a noiva não tem medo do fracasso: “Tem é medo é daquilo que o fracasso pode significar”. Em contexto de coaching, é o significado que se trabalha. “Se falarmos com o noivo, ele pode manifestar o mesmo medo, mas o significado será bem diferente”, esclarece. Por exemplo, “a noiva pode recear que os convidados fiquem desiludidos, enquanto o noivo pode temer que os pais considerem o investimento desadequado”, acrescenta a master coach. Madalena confessa que estava preocupada no dia da cerimónia e que sentiu que o seu noivo estava angustiado – especialmente com as fotos – mas não tem dúvidas: “Casava outra vez nas mesmas condições”.