A reunião que ontem começou a ser planeada será marcada para quando?
Vai depender da agenda de todas as estruturas sindicais, mas não passará do início da próxima semana. Esperamos que, até sexta-feira, o ministério comece a convocar os sindicatos e retome o processo negocial. Se isso não acontecer e o silêncio se mantiver, seguiremos um de dois caminhos: ou os sindicatos definem uma estratégia concertada de protestos – é para isso que servirá a reunião – ou a ASPP parte sozinha para essa solução.
Está a falar de uma manifestação?
Acreditamos que uma só manifestação já não chega. Serão necessários protestos de vários dias, entre os quais uma manifestação. Nós não temos qualquer tipo de prazer em organizar estas iniciativas – que são caríssimas. As últimas duas manifestações custaram-nos cerca de 150 mil euros. Se o fizermos é porque não resta alternativa e porque a via do diálogo foi abandonada.
Tem havido uma postura de diálogo com Anabela Rodrigues?
Aquilo que nós entendemos é que a ministra caiu de pára-quedas no MAI numa altura muito difícil e em que estavam em cima da mesa documentos muito delicados e que demoraram mais de dois anos a preparar. Não consideramos que tenha a mesma força política que o seu antecessor nem os conhecimentos necessários para acabar com o nosso cepticismo.