Dar o dito por não dito


Costa gosta de testar o público. Lança umas medidas, espera a reacção e se correr bem óptimo. Se não correr, trata logo de se afastar do problema


O maior problema de António Costa não é o que diz ou não diz, não são as propostas que defende nem é a forma como, predestinadamente, encara a corrida para as legislativas. O seu maior problema são as pessoas. Sobretudo aquelas que questionam as suas propostas políticas.

O caso do SMS ao director--adjunto do “Expresso” é uma evidência disso mesmo. O caso vale o que vale. O que António Costa fez é grave e incompreensível para quem quer liderar um país, e só por isso terá de lidar com a crítica constantemente. Mas o sucedido não é inédito nem, muito provavelmente, caso isolado no panorama político português. Infelizmente. 

O que incomodou verdadeiramente António Costa é que um jornalista tenha tido a “ousadia” de criticar o seu programa económico procurando, por um lado, informar os cidadãos e, por outro, questionar o próprio do realismo dessas medidas apresentadas. Porquê? Porque quanto mais se falar nas propostas do PS mais difícil é Costa dar o “dito por não dito”, e isso incomoda-o profundamente porque mexe com a sua maneira de fazer política.

Costa gosta de testar o público. Lança umas medidas, espera a reacção e se correr bem óptimo. Se não correr, trata logo de se afastar do problema. Foi assim, por exemplo, com as taxas ao Benfica; de uma certeza inabalável da sua legalidade passámos logo à retirada da proposta e, neste caso mais recente, com o próprio documento económico do PS. Não é uma “bíblia” mas estava lá na primeira fila, não promete o que não pode cumprir mas já são 15 mil os empregos que vêm por aí. Criticar Costa pelas suas propostas é um problema. Como um dia disse Seguro, “habituem-se”!

DeputadoEscreve à segunda-feira   

Dar o dito por não dito


Costa gosta de testar o público. Lança umas medidas, espera a reacção e se correr bem óptimo. Se não correr, trata logo de se afastar do problema


O maior problema de António Costa não é o que diz ou não diz, não são as propostas que defende nem é a forma como, predestinadamente, encara a corrida para as legislativas. O seu maior problema são as pessoas. Sobretudo aquelas que questionam as suas propostas políticas.

O caso do SMS ao director--adjunto do “Expresso” é uma evidência disso mesmo. O caso vale o que vale. O que António Costa fez é grave e incompreensível para quem quer liderar um país, e só por isso terá de lidar com a crítica constantemente. Mas o sucedido não é inédito nem, muito provavelmente, caso isolado no panorama político português. Infelizmente. 

O que incomodou verdadeiramente António Costa é que um jornalista tenha tido a “ousadia” de criticar o seu programa económico procurando, por um lado, informar os cidadãos e, por outro, questionar o próprio do realismo dessas medidas apresentadas. Porquê? Porque quanto mais se falar nas propostas do PS mais difícil é Costa dar o “dito por não dito”, e isso incomoda-o profundamente porque mexe com a sua maneira de fazer política.

Costa gosta de testar o público. Lança umas medidas, espera a reacção e se correr bem óptimo. Se não correr, trata logo de se afastar do problema. Foi assim, por exemplo, com as taxas ao Benfica; de uma certeza inabalável da sua legalidade passámos logo à retirada da proposta e, neste caso mais recente, com o próprio documento económico do PS. Não é uma “bíblia” mas estava lá na primeira fila, não promete o que não pode cumprir mas já são 15 mil os empregos que vêm por aí. Criticar Costa pelas suas propostas é um problema. Como um dia disse Seguro, “habituem-se”!

DeputadoEscreve à segunda-feira