O transporte ideal para percursos curtos e médios


Os portugueses ainda têm alguma resistência à utilização das duas rodas nas suas deslocações de curta distância. Compreende-se. Há o medo que muita gente ainda tem atirando com o argumento de peso “o pára-choques são as tuas costas”, há também (ainda) algum receio de que pensem que andam de motoreta porque não têm dinheiro para…


Os portugueses ainda têm alguma resistência à utilização das duas rodas nas suas deslocações de curta distância. Compreende-se. Há o medo que muita gente ainda tem atirando com o argumento de peso “o pára-choques são as tuas costas”, há também (ainda) algum receio de que pensem que andam de motoreta porque não têm dinheiro para ter carro e, talvez o mais pesado, há a família para transportar de manhã, incluindo os miúdos para levar para a escola. Mas a verdade é que se vêem, de manhã, nas entradas das cidades muitos carros apenas com um único passageiro e sabemos como em Portugal as condições climatéricas são boas para andar de moto.

Esperava-se que com a legislação que permite conduzir uma moto até 125 cm3 com a carta de condução de automóvel as vendas tivessem aumentado muito substancialmente, mas a verdade é que não subiram assim tanto. Segundo a ACAP /Associação do Comércio Automóvel de Portugal), em Agosto as vendas caíram 10,3% em relação a igual período de 2013 (as grandes quedas registaram-se nos ciclomotores (menos de 50 cc), nos quad e nos minicarros, registando-se uma descida de 12,6% nas 125 cc e uma subida de 27,9% nas motos maiores de 125cc.

Testámos a scooter SH, uma duas rodas fácil de manobrar, com banco de baixa altura (as mulheres adoram isso e com razão), baixo peso, piso plano, roda dianteira de 16 polegadas, espaço para um capacete integral, travagem CBS e motor a quatro tempos de 11 cv com sistema Stop & Go.

Já está comercializada em Portugal há cerca de 15 dias e custa 2800 euros, chave na mão. Com uma condução muito racional é possível fazer 2 litros/100 km, mesmo em cidade e se se abusar um pouco mais (os 90/100 km em auto-estrada são o limite razoável) esse consumo subirá até aos 2,5 litros. Foi o que conseguimos em percursos maioritariamente em estrada e auto-estrada. Assinale-se que a alimentação é por injecção electrónica.

Debaixo do banco, que se abre e fecha através de um fecho combinado localizado perto da ignição, pode guardar-se um capacete integral. No resguardo dianteiro para as pernas, há um gancho que permite o transporte de um saco. A SH Mode 125 vai estar disponível em três cores. As dimensões (em milímetros) são de 1930 de comprimento, 665 de largura e 1105 mm de altura máxima, com 145 mm de altura ao solo. O peso em ordem de marcha é 116 kg, o que a torna muito ágil, funcional e fácil de conduzir. A roda da frente é de 16 polegadas, em vez das 14 polegadas, como é usual nas scooters, o que dá maior segurança, por exemplo, em ruas onde há linhas de eléctricos.

O arranque do motor é eléctrico e o depósito de 5,5 litros permite percorrer mais de 250 km.