PS/Lisboa. José Sócrates volta às rentrées dos socialistas

PS/Lisboa. José Sócrates volta às rentrées dos socialistas


A primeira conferência da rentrée de Lisboa é de José Sócrates. O ex--primeiro-ministro volta a ser convidado de primeiro plano nos grandes momentos das estruturas do PS


Afastado das cerimónias institucionais do Partido Socialista desde que foi preso em novembro de 2014, José Sócrates é um dos protagonistas principais da rentrée do PS/Lisboa na próxima sexta-feira.

O ex-primeiro-ministro e arguido na Operação Marquês fará a primeira conferência, logo a seguir à cerimónia de abertura, sobre “Política Externa e Globalização”. A conferência de Sócrates está marcada para as 18h30 do dia 23. Antes de Sócrates, na sessão de abertura da “Universidade de Verão” organizada pelo departamento de mulheres socialistas do PS/Lisboa e pela JS/Lisboa, falam Duarte Cordeiro, presidente da concelhia de Lisboa e n.o 2 da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Susana Amador, presidente do departamento de mulheres da FAUL (Federação da Área Urbana de Lisboa), e Diogo Leão, deputado e presidente da JS/FAUL.

Na universidade de verão do PS/Lisboa – que decorre sexta e sábado nas instalações do PS na Avenida Fontes Pereira de Melo, n.o 35 – participam altos dirigentes, ministros do governo e deputados, nomeadamente a secretária-geral adjunta Ana Catarina Mendes, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, ou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. 

A conferência de Sócrates encerra os trabalhos de sexta-feira. Mas no sábado são reiniciados logo de manhã, pelas 9h30, com a segunda conferência a cargo do deputado e cientista Alexandre Quintanilha, sobre “Novos desafios, novos direitos e as fronteiras do conhecimento”. A terceira conferência decorre uma hora depois, a cargo do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que discursa sobre “Segurança Social e Democracia. Os caminhos do Estado Social”. 

Depois de um coffee break, é a vez de o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, produzir a quarta conferência, esta sobre “O SNS e a equidade. A importância da Educação para a Saúde”.

Depois do almoço haverá debates. O primeiro é sobre a conferência que deu o ministro do Trabalho, José Vieira da Silva, sobre os caminhos do Estado social. São oradoras Glória Rebelo, investigadora, que falará sobre “a qualificação dos portugueses, um imperativo para o crescimento e competitividade”, e a deputada Wanda Guimarães, que se debruça sobre “a negociação coletiva e a concertação social e o papel do movimento sindical”. 

O segundo debate será relativo à conferência dada pelo deputado Alexandre Quintanilha. São oradores o deputado Diogo Leão, presidente da JS/Lisboa, que falará acerca de “um novo olhar sobre a prostituição”, e Maria Antónia Almeida Santos, que se dedicará a uma das suas mais recentes causas, a legalização da eutanásia. “A vida, a eutanásia e a dignidade: limites, colisões e liberdade de escolha” é o tema da deputada Maria Antónia Almeida Santos. 

Segue-se o debate sobre a conferência do ministro da Saúde. Neste painel vão intervir o secretário-geral da Juventude Socialista, João Torres, sobre “a importância da educação para a saúde e a valorização da educação sexual”, e o psicólogo Francisco Ferreira, que falará sobre “o papel e o envolvimento das famílias na educação para a saúde”. 

Na sessão de encerramento estão previstas as intervenções de Susana Amador, presidente do departamento de mulheres socialistas da FAUL, Elza Pais, presidente do departamento de mulheres socialistas do PS, e Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa. A encerrar a universidade de verão vai estar Ana Catarina Mendes, a secretária-geral adjunta do PS. 

José Sócrates deu várias conferências nestes dois anos, mas à margem dos órgãos oficiais do Partido Socialista. Não esteve no congresso do PS. António Costa convidou-o para a inauguração do Túnel do Marão, tal como fez com Passos Coelho, mas evitou ser fotografado ao lado de Sócrates. 

A estratégia de Costa foi sempre, desde que Sócrates foi preso, tentar evitar ao máximo a colagem do PS à Operação Marquês e ao antigo primeiro-ministro. Dois anos depois de tudo ter começado, Sócrates volta a ser convidado de honra nas rentrées do PS