Mais de metade (62%) dos professores universitários estão com sintomas de stress e fadiga física, em burnout.
A conclusão é de um estudo realizado pela Universidade Portucalense que aponta as condições de trabalho: o número de horas e a relação entre os professores e a gestão das instituições.
Cada professor tem uma carga horária (16 horas) “superior à recomendada, acrescida da necessidade de conciliar as aulas com a investigação e orientação de alunos, podendo acumular funções burocráticas ou de maior responsabilidade” – nesta situação estavam 60% dos inquiridos.
O burnout é considerado como “um tipo de stress de caráter duradouro ligado às situações de trabalho, resultado da constante e repetitiva pressão emocional relacionada com a intensa ligação com pessoas por longos períodos de tempo”, explica o estudo da Universidade Portucalense.
Com este cenário, é necessário, defende o estudo da autoria de Ana Rita Ferreira, “rever as funções que o professor deve desempenhar dentro da instituição e a devida carga horário, favorecendo o desempenho do professor e o bem-estar, sendo especialmente relevante os relacionamentos dos professores universitários com a gestão”.
O estudo teve como base uma amostra de 131 inquiridos, 66% são professores auxiliares, 15% professores associados, 10% professores convidados e com menor prevalência, 4% professores catedráticos, de universidades públicas e privadas.