Dois séculos depois do nascimento de Baudelaire, estamos mais fartos do que nunca da empertigada moral a que a literatura tresanda. Estamos infectados de uma benevolência doentia, aquela que todos prescrevem e ninguém toma. Todos são heroicos, exemplares, mas como Jorge de Sena vincou há algumas décadas, há muito que já vai sendo o tempo “de darmos o exemplo de não dar exemplo nenhum”.
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