Vírus. 1001 maneiras de exterminar a humanidade


The Crazies


The Crazies

O pai dos zombies é o exemplo máximo da sodomia à humanidade. Depois do clássico “A Noite dos Mortos Vivos” (1968), “The Crazies” foi um dos primeiros filmes a explorar o comportamento da sociedade face a uma epidemia inevitável, neste caso criada por uma arma biológica. Apesar de o vírus enlouquecer os infectados, só quando o exército americano chega à pequena vila onde tem origem o surto, é que a situação se transforma num verdadeiro inferno.

Os Parasitas da Morte

Cronenberg é uma lenda do cinema de terror, o “barão do sangue”. “Shivers” (título original) marca o berço da sua carreira e explica muita coisa acerca do estilo obsessivo e violento do realizador. Em “Shivers” o ambiente é claustrofóbico, o surto de parasitas está confinado a um complexo de apartamentos de luxo. A questão é que a infecção transforma as vítimas em psicopatas com um apetite sexual voraz. É ver para crer no mestre canadense, uma máquina de clássicos.

Epidemia

“Epidemic” é Lars Von Trier vintage. Como seria de esperar, é um filme cheio de idiossincrasias cinematográficas, da realização ao argumento, de longe o mais interessante. Von Trier junta–se ao seu guionista de longa data Niels Vorsel para se reinterpretarem, num filme auto-irónico, no qual, ao tentarem escrever um guião sobre uma epidemia no passado, a dupla falha em perceber que o vírus se está a espalhar mesmo à sua volta, no presente.

12 Macacos

Mais uma lenda do cinema a aventurar-se nos disaster movies. Desta vez é Gilliam, um autêntico poeta visual, dono da obra-prima “Brazil”. Em “12 Macacos”, o realizador transporta esse lado estético para um mundo futurista e esquizofrénico, onde um prisioneiro é enviado ao passado para descobrir a origem de um vírus artificial que já fez desaparecer mais de metade da população. O vírus não é assim tão assustador, mas o elenco leva o filme às costas.

28 Dias Depois

Como não podíamos escapar aos zombies, aqui fica um discurso sobre um dos filmes com o vírus incurável mais famoso do mundo. O oscarizado britânico Danny Boyle tem pelo menos quatro filmes inesquecíveis, e “28 Dias Depois” é um deles. Seja pelo seu estilo eminentemente artístico seja pela interpretação fabulosa de Cillian Murphy, esta é uma boa opção sobre sobrevivência e um retrato interessante de uma Inglaterra pós-apocalíptica.

A Cabana do Medo

“Cabin Fever” foi o primeiro filme do prodígio do cinema Gore por detrás do fenómeno “Hostel”. Nesta cabana no meio do nada, Eli Roth filma um vírus que lhe diz muito a título pessoal, por ter sofrido de uma doença semelhante. As personagens são infectadas por uma horrível febre que lhes devora a própria pele. Como se a propagação do vírus não bastasse, o grupo de jovens ainda acaba por atrair as atenções de homicidas locais. Tenebroso!

Ensaio sobre a Cegueira

O “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago é um marco da literatura moderna, que apresenta ao mundo toda uma visão alternativa sobre as epidemias e o comportamento de uma sociedade em ruína vertiginosa. A adaptação de Meirelles retrata mais do que o surto de cegueira branca, passa  pelo ambiente cruel de quarentena onde domina a lei do mais forte. Decadência, fragilidade, violência animal – o comportamento irracional do homem face ao mal comum.