Roland Berger anuncia criação de agência de rating europeia


A empresa alemã de consultoria Roland Berger anunciou hoje, em comunicado, a criação próxima de uma agência europeia de notação financeira, depois de negociações com o setor financeiro terem garantido compromissos suficientes aos investidores, noticia a AP. Há muito que a Roland Berger desenvolve esforços para a criação de uma empresa europeia de 'rating', independente…


A empresa alemã de consultoria Roland Berger anunciou hoje, em comunicado, a criação próxima de uma agência europeia de notação financeira, depois de negociações com o setor financeiro terem garantido compromissos suficientes aos investidores, noticia a AP.

Há muito que a Roland Berger desenvolve esforços para a criação de uma empresa europeia de 'rating', independente dos governos, o que representa uma mudança num mercado que é visto como sendo dominado pelos norte-americanos.

A empresa garantiu hoje, através de um comunicado, que "uma agência global de 'rating', de origem europeia, está em vias de ser estabelecida".

O gestor do projeto, Markus Krall, disse que a empresa está envolvida na obtenção de financiamento e vai estabelecer o quadro institucional da nova entidade para ser independente.

A Roland Berger não identificou as empresas que se comprometeram a apoiar o projeto.

O mercado da notação financeira é dominado por três agências, a Moody's, a Standard & Poor's e a Fitch.

A Moody's tem entre os seus acionistas o designado mago do Omaha, Warren Buffet, que possui 12,47 por cento do capital, através da Berkshire Hathaway, seguido pela Capital World Investors, com 12,38 por cento. A soma das participações dos dez principais fundos de investimento que investiram na agência totaliza 20,31 por cento.

A S&P tem sido uma divisão do universo empresarial da McGraw-Hill. Aqui encontra-se novamente a Capital World Investors como acionista de referência, no caso o maior, com 12,2 por cento, seguido pela Black Rock, com 5,44 por cento. O presidente possui 4,7 por cento.

Por sua vez, a Fitch é detida em 60 por cento pela francesa Fimalac, com os restantes 40 por cento pertença do grupo norte-americano Hearst.