James Bond. 50 anos de estilo transformados em exposição


Bond, James Bond, é mais do que um agente secreto com um coração suficientemente grande para albergar todas as mulheres bonitas que se cruzam no seu caminho. 007 é um estilo, um criador de tendências cuja estética tem influenciado a moda e o design ao longo dos 50 anos do agente secreto no cinema. Depois…


Bond, James Bond, é mais do que um agente secreto com um coração suficientemente grande para albergar todas as mulheres bonitas que se cruzam no seu caminho. 007 é um estilo, um criador de tendências cuja estética tem influenciado a moda e o design ao longo dos 50 anos do agente secreto no cinema. Depois do jubileu de diamante da rainha de Inglaterra, é a vez de James Bond comemorar o jubileu de ouro ao serviço de sua majestade.

Em jeito de celebração, o Barbican, em Londres, inaugurou a exposição “Designing 007: 50 years of Bond Style”, com objectos que fizeram, e continuam a fazer, a história de James Bond. De cenários a roupa, passando pelo mítico Aston Martin DB5 (que na altura fez com que as vendas de carros da marca disparassem), com um Sean Connery de cera, em tamanho natural, ao estilo Madame Tussaud, passando por esboços de cenários e guarda-roupa. São mais de 400 objectos e adereços que contam a história do agente secreto dedicado à rainha. Tudo isto graças ao acesso total aos arquivos dos 22 filmes concedido ao curadores da exposição, o historiador de moda Bronwyn Cosgrave e a vencedora de um Óscar e responsável pelo guarda-roupa de James Bond Lindy Hemming.

do princípio A brincadeira começou em 1953 com “Casino Royale”, de Ian Fleming, criador de James Bond. Só nove anos mais tarde o agente secreto ganharia vida em película, com Sean Connery a inaugurar a série, em “007 – O Agente Secreto”. Ao todo há 22 filmes de James Bond, com o 23.o, “Skyfall”, a caminho, e sete homens que já encarnaram a personagem.

Na exposição do Barbican, nenhum dos heróis foi esquecido, nem as Bond Girls ou os vilões.

A estética revolucionária dos filmes de 007 começa logo com o primeiro filme, quando a actriz Ursula Andress, no papel de Honey Ryder, sai do mar num sugestivo biquíni branco, para escândalo das mentes mais conservadoras. Esse biquíni inesquecível, claro está, faz parte da exposição, ao lado do fato de banho laranja que Halle Berry usou em “Morre Noutro Dia” e de uma recriação dos calções que Sean Connery vestiu em “Operação Relâmpago”.

Também não faltam toda a espécie de gadgets que foram criados ao longo dos anos para satisfazer as necessidades de espionagem de 007. Canetas, cigarreiras, óculos e afins, equipados com câmaras minúsculas ou dardos venenosos capazes de adormecer um elefante, assim como a pistola dourada de Scaramanga (Christopher Lee), o vilão de “O Homem da Pistola Dourada”.

Imagens Mas nem só de objectos é feita a exposição. Há excertos dos filmes e depoimentos dos incansáveis mestres dos bastidores, como John Stears, responsável pelos efeitos especiais, que confessa ter precisado de beber um copo antes de furar com um berbequim um Aston Martin novo em folha para o filme “Contra Goldfinger”.

Entre as curiosidades estão os posters de promoção dos vários filmes, alguns com fotografias embaraçosas dos actores, acompanhadas com frases de promoção inexplicáveis como: “E duas é a única forma de viver!” (de “Só se Vive Duas Vezes”).

A exposição, patente até 30 de Setembro, viajará pelo mundo nos próximos três anos.