Filipe Anacoreta Correia adverte para descrença do eleitorado de centro direita


O dirigente centrista Filipe Anacoreta Correia advertiu hoje os responsáveis da maioria PSD/CDS-PP para a descrença que considerou ser sentida por grande parte dos eleitores de centro direita. No final de uma conferência intitulada “Mudar a Bem – Encontro de Emergência Nacional”, promovida em Lisboa pela sua tendência interna no CDS-PP, Alternativa e Responsabilidade, Filipe…


O dirigente centrista Filipe Anacoreta Correia advertiu hoje os responsáveis da maioria PSD/CDS-PP para a descrença que considerou ser sentida por grande parte dos eleitores de centro direita.

No final de uma conferência intitulada “Mudar a Bem – Encontro de Emergência Nacional”, promovida em Lisboa pela sua tendência interna no CDS-PP, Alternativa e Responsabilidade, Filipe Anacoreta Correia sustentou ser “evidente que há muitos portugueses no espaço centro-direita que estão agastados, descrentes, incapazes de se mobilizar por um acordo que apenas junte estruturas partidárias”.

“E nós temos de dizer aos principais responsáveis nessa matéria que, se não ouvirem os portugueses, não os conseguirão levar a votar. De 2011 a 2014, os partidos da coligação perderam mais de 60% dos seus eleitores: de cerca de três milhões passámos para apenas 900 mil nas últimas europeias. Dizer isto não é fragilizar o centro-direita. Fragiliza o centro-direita quem não acolhe os sinais que nos chegam. Fragiliza o país quem não ouve os portugueses”, concluiu.

Antes, o dirigente do Conselho Nacional do CDS-PP falou da corrida às presidenciais de 2016 como uma “triste realidade”. Segundo Filipe Anacoreta Correia, que avisou logo que não iria propor nenhum nome para candidato a Presidente da República, “hoje é um exercício à esquerda e à direita encontrar uma personalidade que possa protagonizar uma candidatura de todos os portugueses”.

Ainda a este propósito, acrescentou: “Pelos vistos, o melhor que muitos encontraram foi quem está longe do país há mais de dez anos e deixou-nos num pântano. É uma ironia que retrata bem o que vivemos. A República está órfã e os portugueses, nós, portugueses, sentimo-nos pouco representados. A uma criança órfã pode-se procurar uma família de substituição, mas um país tem de gerar as condições de afirmação das suas lideranças”.

O dirigente centrista comparou o movimento Alternativa e Realidade a “uma floresta que não tem parado de crescer” de forma silenciosa.

“Numa altura em que a política está enlameada com campanhas negativas sucessivas que só desgastam todos, há quem se junte por bem, para olhar e cuidar do país, deste nosso Portugal. Não é notícia, mas, ouçam bem: há uma floresta a crescer”, declarou.