CDS-PP a favor da audição de organizações dos médicos, mas contra reunião “paralela” com oposição


O CDS-PP afirmou hoje que era a favor de que a Comissão de Saúde ouvisse as organizações dos médicos esta semana, mas discorda da intenção dos partidos da oposição se juntarem para realizar essas audições numa "reunião paralela". Em declarações à agência Lusa, a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro referiu que os coordenadores de cada…


O CDS-PP afirmou hoje que era a favor de que a Comissão de Saúde ouvisse as organizações dos médicos esta semana, mas discorda da intenção dos partidos da oposição se juntarem para realizar essas audições numa "reunião paralela".

Em declarações à agência Lusa, a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro referiu que os coordenadores de cada grupo parlamentar para a área da saúde foram contactados por e-mail para saber se aceitavam que a reunião de quarta-feira da Comissão de Saúde, marcada para as 10:00, começasse mais cedo, para que a ordem e os sindicatos dos médicos fossem ouvidos sobre a greve dos dias 11 e 12 de julho.

"Eu respondi que o CDS-PP não via qualquer inconveniente. Mais tarde vim a saber que o PSD não tinha dado o seu assentimento e, portanto, não havia consenso para que se realizasse essa audiência", acrescentou a deputada, salientando que "a tradição parlamentar é de que as audições, quando não são votadas, são agendadas por consenso".

No entanto, Teresa Caeiro manifestou-se contra a decisão dos partidos da oposição de, perante a recusa do PSD, realizarem em conjunto uma "reunião paralela" com a Ordem dos Médicos, a Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato Independente dos Médicos, na quarta-feira, às 11:30, numa das salas de comissões do Parlamento.

"Não podemos concordar com este procedimento. Não tendo havido consenso, embora o CDS-PP tenha dado o seu assentimento, o que seria de esperar era que os requerentes pedissem reuniões individuais com os grupos parlamentares", defendeu a vice-presidente da Assembleia da República.

Teresa Caeiro considerou que esta decisão do PS, PCP, BE e PEV vem criar "um mau precedente do ponto de vista institucional".

A deputada do CDS-PP afirmou que, até ao momento, nenhuma das organizações dos médicos pediu para ser recebida pelo seu partido, que, nesse caso, "com certeza" que estaria disponível para as receber.

A antiga secretária de Estado da Segurança Social não se quis pronunciar sobre a posição que foi adotada pelo PSD, partido que lidera a coligação governamental com os populares: "Respondo pelo CDS-PP, partido no qual sou coordenadora para a área da saúde".