Boca do Inferno, um lugar que faz jus ao nome


Mas, como dizia um anúncio há muitos anos, “Há mar e mar, há ir e voltar”. E o mar desta época, com as suas correntes próprias e os seus caprichos imprevisíveis, não é propriamente o mar chão de certos dias estivais. Há que ter noção dos riscos que se corre, ainda para mais quando não…


Com a Páscoa a perder muito do seu significado religioso para a maioria da população, a combinação de alguns dias de férias e bom tempo levou muitos portugueses a procurarem as praias para revigorantes banhos de sol e de mar.

Mas, como dizia um anúncio há muitos anos, “Há mar e mar, há ir e voltar”. E o mar desta época, com as suas correntes próprias e os seus caprichos imprevisíveis, não é propriamente o mar chão de certos dias estivais. Há que ter noção dos riscos que se corre, ainda para mais quando não há vigilância nas praias.

Seja por uma questão de desconhecimento, de simples inconsciência ou de afirmação da virilidade, o facto é que muita gente gosta de desafiar as ondas e acaba metida numa situação aflitiva ou pior do que isso. Mas os acidentes podem acontecer num simples passeio à beira-mar ou num pontão, como infelizmente pude testemunhar num belíssimo dia de sol há poucos meses.

Todos os anos morrem em Portugal, em média, 100-120 pessoas por afogamento, sobretudo em praias não vigiadas. Desde o início deste ano, já foram 29 as vítimas, o valor mais alto desde 2017.

Um dos casos ocorreu justamente este sábado num dos mais belos lugares da nossa costa, e porventura de todo o mundo, a Boca do Inferno. Depois do episódio trágico do embaixador sérvio em Lisboa, Oliver Antic, foi a vez de um jovem moldavo cair ao mar, acabando por perder a vida. O irmão, que o acompanhava, ficou em estado grave.

Desde há muito que a Boca do Inferno faz jus ao nome. E, apesar do longo cadastro de acidentes deste género, os visitantes continuam a desafiar o perigo e a arriscar a vida estupidamente passeando à beira do precipício. Já se sabe que não há remédio contra a estupidez humana – e por isso o melhor é contar com ela e assumir que o comportamento das pessoas não vai mudar. Já seria, por isso, altura de a Câmara de Cascais começar a estudar uma maneira eficaz de aumentar a segurança deste tesouro natural sem estragar a beleza da paisagem.

Boca do Inferno, um lugar que faz jus ao nome


Mas, como dizia um anúncio há muitos anos, “Há mar e mar, há ir e voltar”. E o mar desta época, com as suas correntes próprias e os seus caprichos imprevisíveis, não é propriamente o mar chão de certos dias estivais. Há que ter noção dos riscos que se corre, ainda para mais quando não…


Com a Páscoa a perder muito do seu significado religioso para a maioria da população, a combinação de alguns dias de férias e bom tempo levou muitos portugueses a procurarem as praias para revigorantes banhos de sol e de mar.

Mas, como dizia um anúncio há muitos anos, “Há mar e mar, há ir e voltar”. E o mar desta época, com as suas correntes próprias e os seus caprichos imprevisíveis, não é propriamente o mar chão de certos dias estivais. Há que ter noção dos riscos que se corre, ainda para mais quando não há vigilância nas praias.

Seja por uma questão de desconhecimento, de simples inconsciência ou de afirmação da virilidade, o facto é que muita gente gosta de desafiar as ondas e acaba metida numa situação aflitiva ou pior do que isso. Mas os acidentes podem acontecer num simples passeio à beira-mar ou num pontão, como infelizmente pude testemunhar num belíssimo dia de sol há poucos meses.

Todos os anos morrem em Portugal, em média, 100-120 pessoas por afogamento, sobretudo em praias não vigiadas. Desde o início deste ano, já foram 29 as vítimas, o valor mais alto desde 2017.

Um dos casos ocorreu justamente este sábado num dos mais belos lugares da nossa costa, e porventura de todo o mundo, a Boca do Inferno. Depois do episódio trágico do embaixador sérvio em Lisboa, Oliver Antic, foi a vez de um jovem moldavo cair ao mar, acabando por perder a vida. O irmão, que o acompanhava, ficou em estado grave.

Desde há muito que a Boca do Inferno faz jus ao nome. E, apesar do longo cadastro de acidentes deste género, os visitantes continuam a desafiar o perigo e a arriscar a vida estupidamente passeando à beira do precipício. Já se sabe que não há remédio contra a estupidez humana – e por isso o melhor é contar com ela e assumir que o comportamento das pessoas não vai mudar. Já seria, por isso, altura de a Câmara de Cascais começar a estudar uma maneira eficaz de aumentar a segurança deste tesouro natural sem estragar a beleza da paisagem.