“Wow, fantástico conseguir a minha primeira vitória aqui. Esta equipa é muito especial”, escreveu Lewis Hamilton no Twitter após a corrida, ele que fez as pazes com Espanha: o inglês começou a carreira em 2007 e nunca tinha vencido aqui no país ao lado (2.o, 3.o, 9.o, 14.o, 2.o, 8.o, 12.o e 1.o). A Mercedes continua em grande, neste arranque de campeonato: cinco corridas, cinco pole positions, cinco vitórias, quatro dobradinhas e a liderança no Mundial de pilotos e construtores. Hamilton conquistou a 26.a vitória da carreira e garantiu a liderança do Mundial (100 pontos; Rosberg-97), algo que não acontecia desde 2012. Curiosidade: o inglês já soma mais pontos do que aqueles que conquistou quando foi campeão do mundo em 2008 (98). Explicação: até 2009, o primeiro e segundo classificados recebiam 10 e 8 pontos; agora recebem mais do dobro (25 e 18). Conclusão: a caravana passa e Vettel e Alonso continuam sem cheirar…
Mas a vitória não foi nenhum passeio no parque: Rosberg terminou a menos de um segundo (0.6″”) e forçou ao máximo até final. No fim, o alemão admitiu que não precisava de muito mais para ultrapassar o companheiro de equipa. “Eu penso que [só precisava de] uma [volta], para ser sincero. (…) Ainda assim, segundo lugar, ainda perto do campeonato e muitas mais corridas para fazer”, desabafou Rosberg no fim. Hamilton admitiu que sentiu alguns calafrios: “Não estava rápido o suficiente hoje [ontem], o Nico [Rosberg] estava mais. Felizmente fui capaz de o aguentar atrás.”
A Mercedes passeou-se na Catalunha e até acabou 49 segundos à frente do terceiro classificado (Ricciardo: já lá vamos!). O que prometia ser aborrecido tornou–se num agradável espectáculo pela vitória entre os dois líderes do campeonato. A grande bomba chegou já quando caminhávamos para o final da corrida, quando ambos os Mercedes lograram o impensável e acabaram a dar uma volta de avanço ao Ferrari de Räikkönen. Fernando Alonso já se preparava para uma desilusão na véspera: “O pior não é sair em sétimo, é estar a 1.8″”. É demasiado.” A lentidão dos Ferraris empurrou Alonso e Räikkönen para o sexto e sétimo lugares, respectivamente. No final, o asturiano estava resignado: “Não é nenhuma surpresa. Voltámos à realidade.”
Os Red Bull estão mais energéticos e continuam a ganhar consistência. Sebastian Vettel até começou na 15.a posição depois de uma penalização de cinco lugares por ter trocado a caixa de velocidades, mas conseguiu fazer um grande trabalho e terminar na quarta posição, a 76″” de Hamilton. Daniel Ricciardo, o ex–Toro Rosso, acertou contas com o passado recente e fez história ao estrear-se finalmente no pódio. No primeiro GP da temporada, o australiano de 24 anos conseguiu terminar no pódio mas acabaria desqualificado depois de uma penalização por uso indevido de combustível. Depois do abandono na Malásia, dois quartos (Bahrein e China) lugares e um terceiro (China), Ricciardo chegou finalmente ao top-3. “Booyaaa!!!”, assim festejou no Twitter – é uma espécie de “iupi!”
O próximo GP é no mítico circuito do Mónaco e está marcado para dia 25 de Maio. O rei das ruas do principado de Côte d”Azur ainda é Ayrton Senna com seis vitórias entre 87 e 93. Alonso é o único piloto em actividade que já conseguiu vencer em duas ocasiões (2006 e 2007). Nico Rosberg venceu no ano passado.
